Colunistas
Uma facada na democracia
Pois bem, o atentado sofrido pelo candidato Jair Messias Bolsonaro – PSL, na última semana não se trata de apenas um atentado contra sua vida, mas sim contra nossa democracia.
Falo isso por que é inadmissível o ato que ocorreu, alguns adversários de Bolsonaro sustentaram que quem planta ódio, colhe ódio, contudo, não é na violência que iremos resolver alguma coisa ainda mais contra um presidenciável.
Infelizmente o ato expõe a fragilidade de pensamento que norteia as discussões acerca das propostas necessárias para o futuro do País, pois no atual cenário está limitando-se a uma situação de fato que conduz para posições extremamente radicais.
Daí aquela concepção “nós, contra eles” e não adianta dizer: que a culpa disso é do Bolsonaro – PSL, ou do Lula – PT, ou do Boulos – PSOL ou de outro líder politico tão somente, essa divisão ela advém desde a eleição passada, ela pode até ser alimentada por esses que citei, mas não é exclusiva de um apenas.
A democracia antes de mais nada representa dialogo, pensamentos diferentes, ninguém é obrigado a ter que aceitar o discurso do outro, senão não é democracia, óbvio, mas o respeito é fundamental para que a própria democracia se encontre respaldada nas instituições que as lhe dão sustentação.
Conforme já é praxe dizer 2018 o ano mais importante de nossa recente democracia, o atentado sofrido por Bolsonaro, infelizmente é um ingrediente muito ruim, Bolsonaro estava próximo a santa casa de Juiz de Fora, a rapidez no resgate, favoreceram as chances de vida do candidato. Já pensaram na hipótese caso o candidato tivesse falecido? Seria ainda mais triste para a história do Brasil, mesma coisa seria se o atentado fosse contra outro presidenciável.
Espero que as discussões sobre os rumos do nosso País se concentrem no campo das ideias das propostas, não é preciso aqui mencionar que a longo prazo a única mudança capaz de surtir efeito seja através da educação.
Quando entrei na faculdade de direito nos primeiros períodos estudando ainda de forma superficial, mas lendo sobre os nossos direitos e garantias fundamentais pensei por um breve momento, poxa: “isso eu deveria ter apreendido era nas escola, não na faculdade”, falei isso e reforço o meu pensamento, pois nossa constituição é pacificadora em sua essência, ela difunde justamente aquilo que nos desejamos que é o pluralismo politico a divergência de ideias que é fundamental para qualquer democracia.
Portanto, que o pluralismo politico que é fundamento de nossa constituição possa ser permitido dentro de um contexto de respeito mutuo, sem nenhum tipo de violência.
Para refletir:
“Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos”
- Winston Churchill