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Um cenário de desesperança!

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Estamos às vésperas de um pleito muito ansiado, visto que pós-impeachment, vivenciamos uma crise de credibilidade sui generis, números preocupantes da macroeconomia e um lamaçal que abarca a classe política, envolta na lavajato, um escândalo político sem precedentes; enfim, um cenário de desesperança, mas que desponta como solúvel, caso escolhamos sabiamente nossos representantes.

O regime democrático nos oferta a possibilidade de escolhermos livremente nossos governantes e legisladores; e o fazemos, baseando no caminhar dos proponentes até aqui e também pela consistência de suas propostas, algo que muito nos tem afligido, nesse período eleitoral.

Menciono minha angústia, visto que a proximidade do 7 de Outubro, antagoniza com o desejo do amplo debate acerca das questões relevantes “pras nossas gentes”; já adentramos a terça parte da campanha, e os postulantes ao cargo máximo da Nação, não aprofundaram suas argumentações, concentram-se em enaltecer suas qualidades pessoais, algo pouco crível, ou gastam o precioso tempo, na firme defesa de si ou de outrem, tentando explicar o inconcebível.

Pois bem, vislumbremos o quão inócuo tem sido os debates nessa campanha; começando pela área econômica, dada a urgência do reaquecimento da economia, uma vez que mais de treze milhões de brasileiros estão desempregados, mesmo com a tímida recuperação da atividade econômica, há tanto o número de inativos não era tão expressivo, e é bem sabido que a melhor política social é a criação de postos de trabalho; a temática das privatizações, cabíveis ou não, a reforma da previdência, tema dominante até a pouco, mas “estrategicamente esquecido” em tempos de caça ao voto, a revisão da carga tributária, hoje escrachante para o setor produtivo e obviamente para o consumidor também, os necessários investimentos em infraestrutura, a revisão do peso da máquina estatal que onera demasiadamente as finanças públicas, dentre outras medidas que deveriam ser debatidas com a sociedade.

Nos quesitos saúde e educação, poucas são as iniciativas no sentido de propiciar à coletividade, um atendimento digno e qualitativo; seria oportuno nos debruçarmos sobre as diretrizes para a educação, reforma do ensino médio, ECA, a política de cotas, etc; bem como nos alongar nos embates acerca dos intermináveis gargalos no sistema de saúde pública.

Além destes temas, mais angustiantes para a sociedade, outros tantos, segurança pública, reforma política, revisão do código penal e assim por diante, tem seu embate empobrecido, não despertam o interesse do grande público e ficam relegados, nas prateleiras dos marqueteiros que maquiam e formulam o pensar dos nossos “heróis”.

É penoso desperdiçarmos o oportuno tempo da corrida eleitoral com querelas improdutivas, atermo-nos à questões secundárias, quando deveríamos, fomentar o produtivo diálogo acerca  das nossas infindas demandas. A despeito do empobrecido debate, que saibamos escolher e presentear nossa Pátria, com gestores que a honrem e respeitem suas gentes.

Abençoada semana, Graça e Paz

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