Editorial - Opinião sem medo!

Um alento por um voto de confiança!

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O mineiro é com certeza o povo mais hospitaleiro do Brasil, por aqui sala serve para estar, para meras formalidades e ao receber colegas, amigos, visitantes o lugar preferido para as boas resenhas é o quintal ou a aconchegante cozinha mineira.

Basta ter o mínimo de intimidade para falar que a casa é sua, basta termos o mínimo de afinidade para mandarmos deitar no sofá, pegar água na geladeira, para bater a famosa prosa no pé do fogão.

Apesar destas características tão acolhedoras, o mineiro também é reconhecido por ser cismado, ressabiado, por comer quieto, pela discrição e por saber observar antes de se posicionar e agir.

Dessa forma o povo mineiro com seu temperamento forte tem a mesma facilidade de criar e de romper laços, de acreditar a ponto de mandar uma visita abrir sua geladeira, como expulsar de sua casa e nunca mais dar bom dia.

Se tratando de política podemos afirmar que em nosso estado, depois da fatídica gestão de Pimentel e claro após todos os escândalos envolvendo a cúpula do PSDB, irrigados por todos os escândalos políticos em esfera nacional, chegamos ao status de sermos 100% receosos com quaisquer manifestações políticas.

A prova desse contexto é que quase uma unanimidade o estado foi às unas e votou em um empresário para assumir o maior cargo político de Minas, e expulsou de seu contexto medalhões como Dilma, Anastasia, Pimentel e outros da mesma laia.

Contudo apesar de termos votado em Zema, as experiências passadas deixaram marcas, e se já não bastam as incertezas e insatisfações com as gestões municipais, que tem se escondido atrás da crise estadual para justificar a incompetência administrativa, temos que lidar com um cenário de caos que foi instaurado.

O fato é que da forma como o rio andou, mesmo com um empresário, mesmo com alguém que não é necessariamente político, dentro da personalidade do mineiro, o seguro morreu de velho e as expectativas são como fios de esperança de quem quer acreditar, mas não quer de forma alguma colocar sua mão no fogo.

Por parte dos prefeitos era esperado que os repasses fossem ao menos normalizados, não quitados de imediato, mas que fossem pagos em dia. E como foi noticiado nem isso está acontecendo como os prefeitos queriam.

Por sua vez, temos que entender que as dificuldades do Estado estão batendo em nossas portas porque temos governos municipais que mesmo com a crise apregoada pelos quatro cantos do estado, preferiram encher as maquinas com a velha prática de cabide de emprego.

O problema é que após prometer mundos e fundos, como a grana não chegou os prefeitos além de não conseguirem cumprir suas promessas, também foram limitados quanto ao cumprimento de suas obrigações, atrasando salários e tendo que rever sua política de cabides, ou melhor, de contratações.

Como o quadro passou a ser esfregado na cara da população, passamos a nos incomodar com os atrasos, e Zema, está colhendo os frutos todos comprometidos como de um pé de manga com frutas cheias de bichos, e se por algum momento aparece o grito de que foi achado uma fruta com a polpa aproveitável, preferimos duvidar do que saborear o achado.

Isso quer dizer caro leitor, que por estarmos contaminados com a podridão da política e da má administração vamos refutar e apontar qualquer atraso, ou descumprimento, por menor que seja como mais um pouco do que se vivencia em tempos outrora.

Temos que concordar que em meio ao caos, um repasse foi feito já nos primeiros dias de gestão, temos que concordar que choque de gestão dói e leva tempo para que as consequências sejam efetivamente sentidas de forma positiva ou negativa.

Apesar de estarmos contaminados, temos neste momento que ver os esforços desta semana como um alento de alguém que necessita mais do que de um voto, necessita da plena confiança e esforço conjunto para que a situação seja efetivamente normalizada e Minas volte a viver os seus tempos de glória.

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