Saúde
Silenciosa e perigosa: conheça os sinais da osteoporose
Por ser silenciosa, os sinais de osteoporose costumam surgir tarde demais. Por isso, é importante prevenir o problema
A osteoporose é uma doença que causa o enfraquecimento dos ossos, tornando-os mais porosos e menos resistentes. Apesar de grave, a condição é assintomática. Isto é, não apresentar nenhum sintoma, até que um quadro mais grave apareça. Com informações de Terra.
Normalmente, os ossos passam por um processo contínuo de remodelação, no qual ocorre a substituição do tecido ósseo antigo por um tecido novo. No entanto, em casos de osteoporose, esse processo fica desequilibrado.
“O osso tem um peso, uma densidade, e a osteoporose se caracteriza pela perda de massa óssea e deterioração da qualidade dos ossos”, explica o Dr. Lafayette Lage, ortopedista e traumatologista.
Quem mais sofre com osteoporose
A osteoporose é mais comum em mulheres após a menopausa, devido a diminuição dos níveis de estrogênio, um hormônio que ajuda a manter a densidade óssea. Porém, também pode afetar homens e mulheres em idades mais avançadas, normalmente acima dos 65 anos, devido ao envelhecimento natural do corpo.
De acordo com o International Osteoporosis Foundation, cerca de 200 milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas relacionados à osteoporose. Somente no Brasil, o número chega a 9 milhões.
Dentre os fatores que contribuem para a osteoporose estão a baixa ingestão de cálcio, ausência de vitamina D no organismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool (fato que pode evoluir para necrose do fêmur), tabagismo e falta de exercícios físicos. Além disso, há também os fatores genéticos.
Sintomas
A osteoporose é uma doença silenciosa. Por isso, normalmente, o paciente descobre o diagnóstico após sofrer algum tipo de fratura. Normalmente, as lesões ocorrem em áreas como o quadril, coluna vertebral ou punho. Há, também, situações em que o paciente passa a sentir dor crônica nas costas ou até mesmo apresentar postura encurvada, explica o Dr. Lafayette.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da osteoporose se baseia na avaliação clínica, exames de imagens e laboratoriais. É durante a consulta médica que o especialista realiza perguntas a fim de identificar o histórico familiar do paciente, fraturas ósseas anteriores, bem como o uso de medicamentos que possam afetar a saúde dos ossos.
Um exame físico é capaz de apontar os sinais da doença, com perda de altura, dor óssea e postura encurvada. Além disso, exames complementares podem auxiliar no diagnóstico.
O Dr. Lafayette cita os exames mais comuns:
- Densitometria óssea: é o exame de imagem mais comum usado para identificar e monitorar a osteoporose. Trata-se de um exame indolor que mede a densidade mineral óssea em locais como a coluna vertebral, quadril e antebraço. Os resultados são comparados com uma média saudável para idade e sexo de cada paciente.
- Exames laboratoriais: alguns exames de sangue podem ser solicitados para avaliar os níveis de cálcio, fosfato, vitamina D, hormônios da tireóide e hormônios sexuais, que podem influenciar a saúde dos ossos.
Geralmente, o tratamento é realizado por meio de suplementos nutricionais, a exemplo de cálcio e vitamina D, mudanças no estilo de vida, bem como a indicação de exercícios físicos para fortalecer os ossos e melhorar o equilíbrio.
Prevenção
A prevenção da osteoporose deve começar desde cedo, destaca o ortopedista. Por isso, é importante que os pais estimulem a ingestão de alimentos ricos em cálcio desde os primeiros anos de vida da criança e durante a fase da adolescência.
“É possível garantir uma importante poupança de cálcio até aproximadamente os 30 anos de idade, por meio da alimentação e de uma rotina de atividade física”, revela Lafayette.
O consumo de alimentos ricos em cálcio como laticínios, vegetais de folhas verdes, peixes como salmão e sardinha, por exemplo, podem auxiliar para o fortalecimento dos ossos. Além disso, uma adequada exposição ao sol pode promover a síntese de vitamina D na pele, importante para a saúde dos ossos.
O médico ressalta que, ao adotar um estilo de vida saudável que inclua uma dieta balanceada, exercícios regulares e hábitos saudáveis, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolver osteoporose e manter a saúde óssea ao longo da vida.