Editorial - Opinião sem medo!
Quem disse Berenice!
Vivemos a era da informação, da acessibilidade da informação. Vivemos em tempos onde todos, absolutamente todos vivem em condição de emitirem suas opiniões e por instantes se tornam especialistas, autoridades; se tornam dignos de serem ouvidos, curtidos ou criticados.
Em tempos onde um celular torna qualquer cidadão uma fonte de informação, onde qualquer câmera captura e reproduz a informação com maior velocidade que os próprios meios de comunicação, que, diga-se de passagem, utilizam as redes para se informarem de pautas e fatos ocorridos, acaba que a credibilidade do que se ouve, vê e fala é cada vez mais pertinente.
Os formadores de opinião passam a ter um papel diferente, pois eles à frente dos meios de comunicação não tem mais os compromissos de dar a informação em primeiro lugar, eles tem o compromisso de assinar a informação e assim fazer com que os boatos ou fatos ainda não confirmados sejam ratificados como verdade.
Nesse sentido o que nós do O Popular, como um dos principais meios de comunicação do Centro-Oeste percebemos é que, o fluxo e volume de informação ainda não é um fato bem digerido por parte da população, e aqui colocamos todo mundo na cumbuca, figuras públicas e privadas.
As pessoas não sabem trabalhar, ou melhor, digerir o volume absurdo de informação que é todo dia regurgitado nas redes. Uns se posicionam de forma intransigente, outros trazem para si as dores das falácias e em meio a todo esse imbróglio o diálogo é refutado mesmo com tanto acesso as ferramentas de comunicação.
Veja bem, as autoridades públicas nunca foram tão bombardeadas com informações, queixas, reclamações, protestos, elogios, ponderações, e pedidos. E o que em Nova Serrana se faz com isso? Absolutamente nada de construtivo.
Em tempos onde a comunicação deveria ser a diretriz para o governo do novo tempo, de fato o diálogo não é nem de longe uma qualidade desta gestão. E não falamos somente do executivo, o legislativo também não é acessível às informações críticas como deveria.
Os legisladores em sua maioria se escondem atrás dos atos para refutarem as criticas e acabam votando não por entendimento, mas por conveniência popular.
Basta criticar qualquer político desta cidade que as flechas são direcionadas e ai você passa a ser tratado como oposição, mas efetivamente a que?
Nós deste Popular somos tratados como oposição em todas as esferas políticas, porque simplesmente nos comprometemos a expor o que acontece de forma neutra. Assim, as autoridades que poderiam construir suas gestões de forma sólida com as críticas as tomam como pedras que devem ser tacadas de volta.
Direcionando para outro lado, temos ainda a falta de consciência daqueles que usam as ferramentas de comunicação de forma impensada. Tudo que é postado traz para si suas consequências e sinceramente, por mais que uma figura seja política, que ocupe um cargo político ser chamado de jagunço ultrapassa os limites do bom senso, afinal por traz da figura que atua em cargo político existe também o profissional.
E agora caro leitor, para emendar essas linhas soltas, buscamos um pensamento em comum, afinal, se a comunicação, o diálogo e as informações fossem tratadas de forma coesa, boa parte dos problemas vivenciados em nossa cidade seriam evitados.
Se a prefeitura soubesse dialogar e informar, se os vereadores soubessem utilizar as informações para construírem um plano de atuação, se as pessoas que estão em torno do meio político soubessem interpretar e se posicionar de forma coesa, não teríamos tantos problemas pequenos, pífios e pessoas sendo retratados em Nova Serrana, se tornando protagonistas de ações falhas e rasas das autoridades de Nova Serrana.
Como nada disso acontece, segue-se vivendo em uma cidade onde o “quem disse Berenice”, é tão verdadeiro quanto qualquer fato constatado na cidade onde o novo tempo trouxe de tudo, menos o trânsito e diálogo entre aqueles que foram eleitos para terem por quatro ano o poder.