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Quem avisa inimigo é!

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Quando crianças em meio a inúmeras peraltices ouvíamos nossos país, irmãos, tios, vizinhos, aqueles que por nós tinham apreço afirmando para não fazermos tais artes.

Colocar o dedo na tomada, subir em uma árvore, pular uma cerca, pegar carona no quadro da bicicleta, mexer com cachorro bravo na rua, essas são algumas das peraltices que sem dúvida não acabariam nada bem.

Porém nós com nossa imensa curiosidade e teimosia tínhamos que experimentar na prática para vermos que os conselhos dos mais velhos eram a melhor forma de evitar que certos transtornos fossem sobre nós acarretados.

Crescemos então ouvindo dos mais velhos que “quem avisa amigo é”, e partindo dai todas as vezes que temos que tomar uma decisão, ou quando estamos prestes a tomar uma atitude passamos a ouvir conselhos e entendemos que as análises e percepções de terceiros devem ser respeitas e analisadas.

Bom, algumas pessoas aprendem, com os conselhos dos amigos, outros por sua vez destoam um pouco esse ditado, e a exemplo do que tem acontecido em Nova Serrana, na percepção de muitos “quem avisa inimigo é”.

Nós deste Popular por muitas e muitas vezes avisamos que os caminhos que vinham sendo tomados, as decisões, as opções, a qualificação de gente que está ao redor do executivo deveria ser revista.

Não por uma ou duas vezes cobramos sobre a reforma administrativa, avisamos que a máquina estava superlotada, apontamos que as “medidas de contenção ou diminuição”, não estavam sendo anunciadas, informadas, ou até mesmo adotadas da forma devida.

Diante de várias e várias critica tecidas as condutas de comunicação da prefeitura chegamos a ser taxados de implicantes ou sensacionalistas.

Alguns ligados a atual gestão até mesmo consideram que em muitas das considerações que trouxemos a público nós estávamos na verdade promovendo um pacote de maldade, contra uma política administrativa que para eles estava em plena harmonia e em condições ideais de funcionamento.

Bom, infelizmente a resposta esta ai. O Tribunal de Contas do Estado claramente afirmou que a falta de informações e medidas referente à queda de arrecadação x receita do município consiste na falta de planejamento.

Nós praticamos a maldade, o Tribunal de Contas exerce seu papel quanto a fiscalização, sendo neutro e não tendo interesses tão peculiares em Nova Serrana.

Desde o ano passado nós apontamos que a cidade está em seu limite administrativo, estando prestes a cair na lei de responsabilidade fiscal no que tange a folha de pagamento.

Por sua vez a prefeitura anunciou que existe um conselho firmado pela crise financeira, mas veja bem, tal conselho foi noticiado com certo atraso, assim como todas as ações feitas pelo executivo.

A imprensa muitas vezes é tratada por parte do secretariado, (pelos mais incompetentes é verdade) como uma intrusa. E no governo que a clareza era um dos carros chefes de uma mudança como Nova Serrana nunca viu, mais uma vez a falta de informação bate na porta de uma gestão que poderia ser mais informativa e menos bairrista.

Se pararmos de sermos tratados como inimigos, se a imprensa que faz o trabalho de informar passar a ser vista com maior zelo o executivo vai perceber que omitir, ser superficial, ou até mesmo, ter maior atenção com os meios é um diretriz que aponta para os gestores o que é ou não salutar.

Queremos lembrar a todos que o papel do jornal é informar o que acontece de bom ou ruim. Esperamos que pelos lados de lá se tenha o mínimo de maturidade e profissionalismos para que finalmente entendam as críticas e apontar os erros não é necessariamente uma posição de inimigos, afinal, se quiséssemos ver a desgraça, porque pedir pela mudança, pela melhoria?

Em Nova Serrana é necessário que se entenda que “quem avisa é amigo e não inimigo”, e partindo desse ponto, desse entendimento, para começar a mudar um pouco do que é necessário em nossa cidade basta dar uma lida em nossos editoriais e edições passadas, lá estão várias a várias críticas em todos os sentidos, que podem em partes ajudar na promoção das mudanças que todos desejamos.

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