Colunistas

Que a “República” oferte razões para festejar!

Publicado

em

A participação popular tem destacado papel na grafia da história do Brasil, assim o foi no tocante à proclamação da República; há exatos 129 anos nos tornamos uma república federativa, cortamos o cordão umbilical, que nos atava à Portugal, embora já fôssemos uma nação independente, as decisões aqui tomadas, por Dom Pedro II, tinham o crivo da coroa  portuguesa, como critério para implementação.

No final do seculo XIX, a monarquia brasileira experienciava sinais de declínio, representava uma forma de governo que não correspondia às mudanças em curso, país afora. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fomentasse o progresso e levasse a nação à avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.

Após a Guerra do Paraguai, os vitoriosos militares brasileiros passaram a exigir mais reconhecimento por parte do governo.

A oposição ao Império também partiu da igreja, uma vez que Dom Pedro II detinha o poder de interferir na organização do clero no Brasil, fato gerador de profundo descontentamento entre bispos, padres e demais membros da igreja.

Porém, o sucedido que potencializou o movimento republicano foi a abolição da escravatura, através da Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888.

Os influentes proprietários rurais, escravocratas, também passaram a se opor ao império, já que não receberam nenhum tipo de indenização pela perda da propriedade dos seus escravos.

Temendo uma guerra fratricida entre os brasileiros, Dom Pedro II aceita ser deposto e expulso do Brasil na madrugada do dia 16 de novembro.

A Proclamação da República foi um “golpe” de Estado político-militar, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que instaurou a forma republicana presidencialista de governo no Brasil, encerrando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e, por conseguinte, destituindo e deportando o então chefe de estado, imperador D. Pedro II.

Fato ocorrido na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, depos o imperador e assumiu o poder no país, instaurando um governo provisório republicano, que se tornaria a República Federativa do  Brasil.

Passado mais de um século, ainda nutrimos os traços, oriundos da colonização, herança da exploração à que esta terra e suas gentes foram submetidas, enraizadas num Brasil Colônia, e posteriormente, já independente, no Brasil Imperial.

Nossa história cheia de percalços, muito se explica, na fragilidade com que constituimos nossos fatos mais relevantes. Ainda lidamos com termos que há muito deveriam ter sido superados; “golpe”, ingerência dos poderes, pressão dos setores influentes da economia e da sociedade, dentre outros, ditam o ritmo dessa nação, desprovida do necessário amadurecimento das instituições, mas que à custa de um povo perseverante, avança em meio à tantos desafios.

No oportuno momento de revivar nossa História, realça o anseio de que a “República” oferte às suas gentes, razões para festejar.

Abençoada semana, Graça e Paz

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Tendência

Sair da versão mobile