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Prefeito veta projeto que impede aterro sanitário na Charneca, mas vereadores derrubam veto

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Consórcio não poderá instalar empreendimento na área da Fazenda Cantagalo enquanto lei que teve veto derrubado permanecer ativa no município

A Câmara Municipal de Nova Serrana em mais uma noite com análise de vetos derrubou a negativa do executivo quanto a um projeto aprovado na casa. Desta vez os vereadores apreciarem e derrubaram o veto à Proposição de Lei 074/2018 que “Disciplina a instalação de aterro sanitário ou similar e o recebimento de resíduos e de rejeitos de qualquer natureza dentro do município de Nova Serrana e cria espaço territorial especialmente protegido (ETEP), e dá outras providências”.

O projeto que foi aprovado na Câmara de Nova Serrana no dia 28 de agosto estipula a proibição da instalação do aterro sanitário na área da charneca. O local que foi doado pelo Governo de Minas em 2014, para que através de um Consórcio Intermunicipal de Aterro Sanitário (CIAS), Nova Serrana e mais seis cidades instalassem o empreendimento.

Após a aprovação do projeto que proíbe a instalação do aterro por meio do CIAs o chefe do executivo vetou a proposta de lei dos vereadores e após análise de uma comissão de vereadores instituída na última semana o veto foi colocado em pauta para que fosse apreciado e derrubado ou não pelos legisladores.

 Debate

Durante o debate o vereador Gilmar da Farmácia (PV) afirmou que não se pode concordar com a instalação de um aterro sanitário nos moldes apresentados na cidade. “Eu não concordo de forma nenhuma com o lixão, cada cidade tem que dar tratamento ao seu lixo. Vão mudar o pensamento e as atitudes de nós brasileiros, que comece por Nova Serrana. Sou contra o veto”. Posicionou Gilmar.

Já Adair da Impacto (Avante) seguiu o raciocínio de Gilmar e reiterou que é a favor da instalação de uma usina de reciclagem na cidade. “Votei favorável ao projeto que é contra a criação do lixão ou aterro sanitário como está sendo criado. Voto contra o veto, podemos ser uma cidade modelo no que diz respeito ao lixo. Precisamos iniciar o trabalho de reciclagem inclusive gerando empregos. Precisamos preservar o meio ambiente e sou contrario ao veto”. Sugeriu Adair da Impacto.

De forma irônica o vereador Wantuir Paraguai (PSDB) soltou mais uma de suas pérolas. O vereador em tom irônico brincou “presidente devíamos fazer um pesque pague para as 40 cidades”, disse Paraguai.

 Desvalorização de Nova Serrana

Já o presidente se posicionou fazendo duras críticas ao fato de que o intuito do CIAS é de instalar o aterro sanitário na cidade e receber resíduos de mais de 40 cidades de Minas. “Mantenho minha opinião, sou totalmente contrário, não sou contra ao aterro para Nova Serrana, o que não pode é nosso município faze um aterro para mais de 40 cidades. Nova serrana não é responsável pelo lixo de outras cidades”. Disse Osmar Santos (Pros).

Ainda segundo o presidente da casa aprovar uma proposta como essa é desvalorizar a cidade. “Aceitar um projeto como esse do aterro sanitário é desvalorizar Nova Serrana e os moradores. Pergunta se outra cidade aceita nosso lixo. Por detrás do consórcio existem vários interesses particulares e políticos. Ali não é local, Nova Serrana não tem que ter conta com lixo de outra cidade por isso sou contrário ao veto”. Pontuou o presidente.

Leilão da área

Diante do debate alguns vereadores ainda se posicionaram quanto a utilização da área para outros fins.

De acordo com Willian Barcelos (PTdoB), existe já uma conversa no governo do estado referente ao leilão da área pelo Estado. “Vou ser contrário ao veto pelo próprio parecer jurídico. Em relação à questão política e ambiental tem tanta área, tanta grota espalhada em qualquer uma das 40 cidades inclusive em Nova Serrana, esta área é de preservação ambiental e histórica. Temos que preservar o meio ambiente e ali não é área de aterro sanitário. Fiquei sabendo ainda que o estado está interessado em leilão daquela área”. Informou Barcelos.

Por sua vez o vereador da base do governo, Jadir Chanel (MDB) pediu aos vereadores um empenho para que a área seja repassada ao município com o intuito de pagar a divida do Estado para com Nova Serrana. “A área é de 1,7 milhão de metros quadrados. A minha visão é que a área tem que pertencer ao município. Minha proposta é que a partir de 02 de janeiro possamos unir para negociar a divida do estado com o município. Quem entrar como governador não tem como pagar a divida como está”. Indicou Chanel.

 Veto Derrubado

Após o debate e as colocações o veto foi colocado em votação e por 11 votos contra 02 o veto do chefe do executivo contra o projeto dos vereadores de Nova Serrana foi derrubado.

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