Editorial - Opinião sem medo!

Polícia para quem precisa…

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Nesta quinta-feira, dia 30 de maio nos deparamos logo pela manhã com uma discussão em um dos grupos de debate o qual estamos presentes onde o tema era a atuação da Polícia e a situação da segurança na cidade.

Lá no grupo, onde todos falam o que bem entendem, com ou sem embasamento e conhecimento de causa, as discussões caminhavam no seguinte sentido, “a polícia não faz um trabalho adequado de prevenção de crimes em Nova Serrana”.

Como é de entendimento de senso comum Nova Serrana é uma cidade muito perigosa, uma cidade onde a criminalidade é sempre evidenciada, e que como já noticiamos neste Popular, se você nunca foi assaltado, com certeza conhece alguém que já foi vítima de uma ação delituosa, ou ao menos já presenciou tal fato.

É verdade que todos os dias temos ocorrências de assaltos a mão armada a pedestres da cidade, e por generalizarmos e vermos uma gama de fatos ocorrendo rotineiramente caímos na injustiça de pensar que por aqui nada vem sendo feito.

O que muitos populares não sabem é que está ficando cada dia mais difícil realizar o plantão policial, não porque as informações não chegam à imprensa; quanto a isso temos inclusive que elogiar a conduta dos órgãos de segurança pública; mas porque efetivamente de um tempo para cá os registros tem diminuído e aqui vamos mostrar abaixo pelo menos três trabalhos feitos que não são enaltecidos.

Quando falamos que a polícia não faz sua parte no que tange a prevenção, levamos em conta o fato do bandido conseguir cometer um assalto, mas não lembramos que diariamente existem policiais fazendo trabalhos educativos e um projeto chamado Proerd. Não Levamos em consideração que não temos polícias e estrutura que acompanham o crescimento populacional de nossa cidade.

Esquecemos que o Bombeiro Mirim ensina as crianças sobre a cidadania e juntamente com o Proerd previne a médio e longo prazo a entrada de milhares de crianças no mundo das drogas.

Quando falam que as polícias não previnem a criminalidade é uma injustiça, uma vez que nessa edição trazemos a capa o projeto Policia Civil na Escola, e lá são dadas orientações sobre como evitar e se defender de crimes como abusos sexuais.

Hoje por exemplo caro leitor, temos uma Polícia Civil que vai até a escola para ensinar as crianças que elas podem se proteger contra crimes sexuais, que elas podem contar com as autoridades, que a polícia é amiga das crianças, a sociedade, ela só é inimiga do infrator.

Temos que lembrar que nosso presídio é limitado, que não temos uma unidade sócio-educativa e tão pouco, o volume necessário de projetos sociais que promovam a inclusão de crianças e adolescentes evitando que os mesmo sejam seduzidos pela criminalidade.

Temos que lembra que hoje, as crianças que chegam à delegacia após denúncias de abuso sexual, as mulheres que chegam a delegacia após serem vítimas de abusos morais, físicos, sexuais e de violência doméstica não tem uma espaço adequado para serem acolhidas.

Os bandidos usam armas de alto calibre, tem dinheiro, tem volume e o poder da sedução quanto a sociedade; os policiais tem estereótipos plantados por pessoas que tampam os olhos para os interesses sociais e terminam apenas julgando sem olhar com propriedade para o que é desenvolvido.

Ao contrario o que é normalmente pontuado no senso comum pelos “entendedores de segurança pública”, em nossa perspectiva sim existe um trabalho preventivo, que poderia ser ainda mais eficaz se a cidade tivesse a estrutura social adequada para que de forma conjunta todos pudessem cooperar para a segurança pública.

Para finalizar, queremos ressaltar que respeitamos a opinião de quem pensa diferente, mas jamais podemos nos calar diante de fatos que discordamos e entendemos ser injustos. Para quem tem duvida se o trabalho preventivo é ou não feito, basta parar para pensar e observar se as multas são injustas, se as crianças não estão sendo instruídas, se a polícia não tem buscado mesmo que de forma limitada promover mais segurança para você que fica nas redes sociais criticando demasiadamente sem critério ou até mesmo propriedade de conhecimento para falar do assunto.

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