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Polícia Civil convoca familiares de pessoas desaparecidas para coleta de DNA

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O material genético pode ajudar a encontrar pessoas tanto vivas quanto falecidas

Quem tem algum parente desaparecido e deseja doar DNA para ajudar na localização deve atender a alguns requisitos. Primeiramente, é necessário registrar um boletim de ocorrência informando o desaparecimento.Foto: Bruno Daniel/O Tempo
inas Gerais registra atualmente entre 4 e 5 mil pessoas desaparecidas. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (22) durante coletiva de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais, que também fez um importante apelo à população. Entre os dias 26 e 30 de agosto, será realizada a Campanha Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, com a coleta de material genético de familiares de desaparecidos para auxiliar na localização dessas pessoas.

O chefe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida da PCMG, delegado Alexandre Fonseca, explica que o procedimento serve tanto para localizar pessoas mortas ainda não identificadas quanto para encontrar pessoas vivas. “Esse material genético dos familiares é cruzado com o banco de dados. Se houver uma correspondência positiva com algum DNA, conseguimos localizar a pessoa. A partir daí, se descobrimos que a pessoa está viva, internada, presa ou em situação de rua, a família é comunicada sobre o paradeiro. Se estiver falecida, realizamos os procedimentos de declaração de óbito”, detalha.

Por força de lei, o procedimento não pode ser utilizado para localizar criminosos. O objetivo é exclusivamente encontrar pessoas desaparecidas, vivas ou mortas. O material genético pode ser cruzado com bancos de dados não só de Minas Gerais, mas também de outras regiões do Brasil e até internacionalmente, em parceria com o Ministério da Justiça e a Interpol.

Como funciona a coleta?

Quem tem algum parente desaparecido e deseja doar DNA para ajudar na localização deve atender a alguns requisitos. Primeiramente, é necessário registrar um boletim de ocorrência informando o desaparecimento. Também é preciso apresentar um documento de identificação que comprove o parentesco com a pessoa desaparecida. Após cumprir esses procedimentos, o DNA pode ser coletado 15 dias após o desaparecimento, por meio de um dispositivo. “A coleta é totalmente indolor, feita com um dispositivo. Uma espuma é passada pela parte interna da bochecha e, em seguida, comprimida em um papel especial, que transfere o DNA para o papel. A partir disso, conseguimos extrair o DNA da pessoa”, explica o perito criminal e chefe do Laboratório de DNA da Polícia Civil de Minas Gerais.

Importância da doação

Embora a campanha de localização esteja marcada para os dias 26 a 30 de agosto, quem quiser doar material genético pode procurar uma delegacia em qualquer dia do ano. O delegado Alexandre Fonseca ressalta a importância da doação para ajudar a dar uma resposta às famílias dos desaparecidos.

“Aqui lidamos com pessoas vivas. Quem nos procura acredita que seu parente está vivo. E é um luto eterno para essas famílias, como mostram diversos seriados de TV, que retratam o sofrimento de quem busca saber o que aconteceu com um ente querido, se ele está morando na rua, se está abrigado, se está se alimentando. Estamos empenhados em minimizar o sofrimento dessas famílias”, explica o delegado, que também comenta as possíveis causas de um desaparecimento.

“A adolescente que busca liberdade e é restringida pelos pais pode sair de casa e ir para a casa de um namorado ou amiga. Os adolescentes do sexo masculino tendem a desaparecer mais frequentemente devido ao uso de drogas e distúrbios mentais”, finaliza.

  • https://www.otempo.com.br/cidades/2024/8/22/policia-civil-convoca-familiares-de-pessoas-desaparecidas-para-c

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