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Pior do que está, sim pode ficar!

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Tiririca o palhaço abestado se tornou um dos políticos com maior percentual de votos e também, com uma significativa visibilidade no cenário eleitoral não somente por ser um humorista nordestino, mas por ter usado de forma cômica alguns saberes populares.

Em uma de suas propagandas eleitorais, o palhaço afirmou “pior do que está não fica”. Pena que ele não conhecia a fundo o que é a política; pena que ele não conhecia a Teoria do Caos, ou a Lei de Murphy.

Já que o palhaço não entendia aparentemente sobre essa perspectiva, vamos aqui, hoje em nosso editorial abordar as duas diretrizes, e tanto na Lei de Murphy como na Teoria do Caos, vamos mostrar que, por pior que as coisas estejam, acredite, elas podem piorar.

Para começar porque não falar daquela Lei que explica o fato do pão sempre cair com a manteiga pra baixo. Sim o pessimista pensamento da Lei de Murphy não é necessariamente uma teoria, afinal não existe para ela embasamento científico, matemático assim como deve ser.

Ela é um comentário ácido e pessimista sobre o Universo que diz: “Tudo o que puder dar errado dará”. Ou seja, de lei, a lei de Murphy não tem nada: não se trata de um conceito matemático, e sim de uma máxima sobre a “perversidade do Universo”, um conceito que existe há pelo menos dois séculos.

Se tratando de política essa perversidade pode ser cruel para o cenário municipal. Se estava ruim com 13, com 19 a coisa ficará pior, e muito pior; para começar não temos necessariamente uma reformulação em qualidade técnica quanto aos vereadores, temos sim seis nomes que ainda não tiveram, e pode ser que nem venham a ter tempo par mostrar o que podem fazer.

Mesmo assim, se o clima na Câmara já era ruim, de repente ele se torna dos piores, afinal, a base do executivo quer por que quer, aprovar a toque de caixa um parcelamento de divida previdenciária. No peito, na raça, na acusação, nos trabalhos políticos.

Se dizem que a oposição faz politicagem, bom, procurar líderes comunitários para pressionar pode ser chamado de que? E quando se pensa que estão aprendendo a agir de forma racional, entram com um mandado de segurança, pedindo não só uma anulação, mas que os vereadores novatos, que acabam de chegar e poderiam ser cativados, sejam jogados para escanteio.

Pediram que a mesma justiça que mandou que os seis fossem nomeados, agora diga, ok, estes aqui ficam fora da brincadeira, mas só para este projeto, só para que nesse momento as coisas sejam convenientes.

Enquanto deveriam articular para que os novos se simpatizassem com o executivo, o que foi feito foi o contrário, querem tirar os novatos da brincadeira, talvez porque ainda entendem que ali eles não são bem vindos, ou que estejam de passagem por um cenário político sem instabilidade e porque não, limitado de qualidade.

Seguindo para o final, mas é claro, temos que falar da Teoria do Caos, que trata de sistemas complexos e dinâmicos rigorosamente deterministas, mas que apresentam um fenômeno fundamental de instabilidade chamado sensibilidade às condições iniciais que, modulando uma propriedade suplementar de recorrência, torna-os não previsíveis na prática a longo prazo.

Se você não entendeu, vamos resumir, um ato mínimo pode ser o gatilho para uma tragédia de proporções gigantescas. E nesse sentido imaginamos como será o cenário para a votação da nova presidência.

Com ações do executivo diretamente relacionadas à atual presidente, o embate político pode ser relevante, em uma casa que, mesmo quando o executivo tem a maioria, é incapaz de forma harmoniosa aprovar um projeto e vencer as ações politiqueiras.

O caos financeiro estará visível no fim do ano do legislativo, uma vez que as contas dificilmente irão fechar de forma salutar. Mas também percebemos que o caos político é mais evidente do que nunca quando temos o governo do novo tempo, parcelando fundo previdenciário como os gestores de tempos passados e a permanência da instabilidade se reproduz durante os pouco mais de dois anos de gestão como nunca se viu.

O caos também é perceptível quando vemos uma cidade que está claramente dividida entre as paixões e não pela política. Uma cidade onde vereadores são afastados, os novos são jogados para escanteio e o executivo não articula a aprovação e um simples projeto, caminha para um último ano de controvérsias e equívocos, de uma política que prova diariamente que, “pior que está, sim pode ficar”!

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