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Pau que nasce torto…

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Na última quarta-feira, foram publicadas pelo executivo as nomeações de dois novos secretários junto a administração municipal.

De acordo com a publicação Ezequiel Silas assumiu a secretaria de articulação política. O advogado passa a ser responsável pela relação e construção de ações entre executivo e legislativo municipal, bem como ações que estreitem os laços da atual gestão com a população de Nova Serrana.

Já o segundo secretário nomeado, foi o do jornalista Hudson Bruno, conhecido por ser o nome por detrás de um jornal semanal de Nova Serrana, Hudson assume a chefia de gabinete de Euzebio Lago, cargo que não era oficialmente ocupado desde o início da gestão.

Inicialmente queremos deixar claro caros leitores, que não se deve confundir os cargos na prefeitura. Tudo bem são tantos que a confusão é plausível, mas, vamos deixar claro aqui que Hudson Bruno ocupa agora o cargo de chefe de gabinete, e não de chefe de Governo, que é ocupado por Enéas Fernandes.

São cargos distintos, funções diferentes, salários semelhantes e mais um cacique a ser instituído junto à gestão do atual prefeito.

A construção dessa nomeação, no entanto, ainda é um pouco incompreensível, uma vez que o novo secretário, além de ser proprietário (até onde sabemos) de um periódico, também é (ou era) assessor do deputado estadual Fábio Avelar.

Até ai tudo bem, a questão é até quando serão acumulados cargos, até quando um secretário da atual gestão vai utilizar o seu tempo de trabalho remunerado pela atual gestão para fazer serviços ou favores para outro político?

Na manhã desta quinta-feira, às 10h40, este Popular recebeu material de divulgação do deputado Fábio Avelar encaminhado pelo email do novo secretário nomeado. Engraçado que o material foi encaminhado exatamente no horário em que a prefeitura está ativa e o gabinete atendendo pessoas e executando ações.

O deputado não tem nada com isso, seu material foi divulgado, mas se espera que um secretário tenha o discernimento de que durante seu horário de trabalho que é inclusive muito bem remunerado, sejam executados trabalhos referentes às ações da prefeitura da atual administração, de interesses do município e não de um parlamentar em específico.

Se o ditado é premissa verdadeira, pau que nasce torto nunca se endireita, e assim sendo, com todo receio e cuidado possível, assistimos mais uma vez um pau nascer torto em Nova Serrana dentro da atual administração, e depois, quando ele cair a folha não digam que não avisamos.

Temos ainda outras questões desconfortáveis quanto a isso, afinal imagina como será confortável para a imprensa executar seu trabalho, com “exclusividade” e comprometimento com a informação e ter ao lado um secretário que no caso é dono de um veículo de comunicação que também terá o interesse de divulgar tal fato.

Bom, deixando a chefia de gabinete de lado, e observando a articulação política, é bom ressaltar que o secretário Uanderson Timóteo ainda está efetivado; no site da prefeitura, por exemplo, ainda não foi destituído da pasta, processo que conforme apurado ainda deve ser prorrogado por algum tempo, dias ou talvez meses.

Segundo apurado o próprio Uanderson Timóteo atuará no município junto à iniciativa privada, e pediu exoneração devido a uma proposta “irrecusável” e viável para sua vida profissional e projetos pessoais.

Enquanto isso a articulação política acumula dois salários (se é que isso é legal), contudo se resolver o problema de relação com os vereadores já é algo salutar, apesar de que a forma como exposta a relação do governo com os vereadores no processo de Areias Brancas, pelo presidente da Câmara que afirmou exigir que a casa seja respeitada, deixou claro de que a relação entre vereadores e prefeito segue tão nebulosa quanto nunca.

De forma geral torcemos para que as medidas e alterações sejam salutares para a cidade, contudo deixamos ainda claro que não vamos assistir as coisas acontecerem da forma como bem entenderem sem nos manifestar e posicionar.

Até agora ponderamos e fomos intensos quanto a nossos pensamentos, e não será agora que deixaremos de ser O Popular e cumprir o nosso papel como meio que cobre e transmite o que de fato acontece no meio político de nossa cidade.

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