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O alento em meio à crise!

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A crise que se instaura sobre os setores produtivos nacionais alcançaram os segmentos mais improváveis, e os bens de consumo diário passaram a ter seu consumo reduzido devido a uma população que atualmente vive às margens de promoções e dos cálculos de centavos que no final do mês são a diferença entre comer carne ou ovo no almoço de domingo.

O brasileiro voltou aos hábitos dos anos 90, onde encher o carrinho não era uma opção devido à falta de dinheiro e instabilidade do mercado. Encher o carrinho era incoerente, e a ida aos supermercados era destinada pelas ofertas anunciadas durante a semana.

Um dia se compra arroz, em outro mercado se compra o frango, na sexta-feira, é dia do óleo, e o malabarismo era feito pelo pai de família.

Por sua vez o empresário também fazia milagre, ele se sacrificava para manter a sua empresa aberta em um mercado que engolia quem não tinha capital, afinal as oscilações dos produtos tinham como reflexo a pouca adesão e consumo dos clientes.

Esse editorial caro leitor, é justamente referente ao fato de que esses tempos voltaram e o setor de calçado, por diversas questões tem sentido na pele a queda no comercio.

Nesse contexto hoje se inicia a 22ª Nova Serrana Feira e Moda. Evento consolidado nacionalmente quanto ao comércio de calçados para comerciantes calçadistas, para a indústria essa é a uma das últimas oportunidades não de recuperar o “ano negativo”, mas de dar um alento para que os cacos sejam juntados e o ano de 2019 seja melhor.

A estratégia está relacionada ao fato de que os comerciantes brasileiros ainda não concluíram seus estoques para as vendas de fim de ano, e essa será sem dúvidas uma das últimas boas oportunidades para que isso aconteça.

Os empresários em meio à crise trazem produtos com alto nível de qualidade e preço competitivo. Sendo o preço inclusive um dos principais atrativos de nossa indústria, já que a economia nacional está em colapso e o governo anuncia liberação de verbas do Pís e Pasep como uma medida de injeção de recursos no mercado.

A qualidade, design e preço passam a ser as principais exigência de um mercado que quer vender, mas com um investimento que não necessariamente comprometa as finanças de sua empresa.

Em meio à crise o Sindinova propõe um evento que dará aos empresários o respaldo de que a indústria do polo de Nova Serrana é efetivamente uma das mais competitivas do país. E essas medidas são exatamente o que é mais necessário para que o mercado se aqueça.

Somente é possível estabelecer esse trabalho econômico, pois o sindicato está à frente de demandas, estudando o mercado, se relacionando com o consumidor e estimulando o crescimento e a sobrevivência de um setor que  vem enfrentando um 2018 a quem do que se esperava.

A feira tem como perspectiva de negócios movimentar cerca de R$ 25 milhões durante os três dias de realização, e apesar de ser abaixo do que se tinha de perspectiva na edição de 2017, essa movimentação trará para o setor a certeza de que o trabalho trará um ano de 2019 com saldo que fará a indústria caminhar com sobrevida e se fortalecer para uma nova jornada.

De fato as mudanças no perfil de consumo ocasionadas pela economia respingam no setor do vestuário, contudo é importante lembrar que o setor tem se reinventado pensado nessas mudanças e a competitividade será intensificada ainda mais com o sucesso dessa empreitada do Sindinova.

Apesar do consumidor estar receoso, no final das contas ele irá buscar no comércio a utilização de seus recursos, visando ter o maior conforto possível dentro de suas limitações.

Quando isso acontecer todo comerciante do Brasil terá uma marca de Nova Serrana em suas prateleiras e isso ocorrerá pelo desfecho positivo da feira que é mais do que uma ação, é um patrimônio da indústria calçadista nacional.

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