ANIMAIS
Menino atacado por cães rottweilers é enterrado em Itabira: ‘Humilde e sonhador’
O corpo de Guilherme Gabriel Couto da Silva, de 12 anos, foi enterrado em um cemitério de Itabira, na região Central de Minas Gerais, nesta segunda-feira (17 de março). O garoto morreu nesse domingo (16 de março) após ficar cinco dias internado em decorrência de um ataque sofrido por dois cães rottweilers na última quarta-feira (12 de março).
“Ele estava internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, porém deu entrada já em estado muito grave”, disse o jardineiro Tiago Teixeira, de 34 anos, tio de Guilherme.
Teixeira destacou que os últimos dias foram de intenso sofrimento para a família. “O Guilherme tinha o sonho de ser jogador de futebol, tanto que o ataque aconteceu quando ele brincava com os amiguinhos na rua. Ele era uma criança feliz e amigável. Um menino humilde e sonhador”, afirmou.
O tio de Guilherme conversou com O TEMPO logo após o sepultamento do sobrinho. “Estou até sem palavras neste momento de tanta dor. Nós somente queremos justiça e uma resposta rápida. É isso que esperamos, pois estamos arrasados”.
Relembre o caso
Guilherme foi atacado pelos cães e arrastado para um matagal enquanto caminhava pela rua Nossa Senhora Aparecida, no bairro Santa Marta, em Itabira.
Socorrido por pessoas que passavam pelo local, Guilherme recebeu os primeiros atendimentos de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhado ao hospital municipal de Itabira.
A equipe médica constatou diversas perfurações pelo corpo, sendo as mais graves na região da barriga e do pescoço. Em estado grave, o menino foi transferido para o Hospital João XXIII.
Os dois rottweilers que atacaram Guilherme haviam fugido da casa onde moravam por meio de um buraco na cerca do quintal. Depois do episódio, eles continuaram agressivos e foram abatidos por agentes policiais, que, antes dos disparos, tentaram, sem sucesso, contê-los.
O tutor dos cães foi conduzido à Delegacia de Plantão, suspeito de lesão corporal seguida de omissão de cautela na condução de animal.