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Mais uma copa como a da Rússia e teremos as conquistas que precisamos

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Eu não poderia escrever a coluna de hoje sem falar na Copa da Rússia, que terminou com algumas certezas: sonhar não é proibido, mas vê-lo se realizar ainda é preciso muito “Ti-ti-ti”.

Realmente foi um show à parte o esforço e a superação dos atletas que disputavam os jogos finais, bem mais profissionais do que nosso ídolo maior, que entrou em campo pela primeira vez com um penteado similar a uma Cacatua de poleiro de navio mercante. Fez muito sucesso nas redes sociais como um campeão do ridículo.

Fiquei pensando em outros heróis dos gramados que vi jogar, como Pelé, Reinaldo, Zico, Falcão, Romário, Ronaldo Fenômeno e o Gaúcho, atletas que realmente desequilibravam e encantavam com seus dribles desconcertantes, mas que jogavam para o time e não para si mesmos.

Definitivamente não somos mais o país do futebol, porque nossos melhores atletas não aparecem nas vitrines dos cartolas para vestirem camisas patrocinadas pela Nike e ganharem seus milhões de Euros. Nossos melhores atletas continuam suas rotinas nos campeonatos nacionais fazendo a verdadeira alegria das torcidas. Mas, me encantei com um tal Bogba, meio-campista francês que mais parecia o “The Flash” com sua agilidade e rapidez.

Também fiquei vidrado com Mbappé, que sabe como ninguém combinar habilidade com incrível velocidade sem perder a majestade em suas corridas. Tinha o Luka Modric, grande comandante do time da Croácia e a presidente de seu país, que mostrou aos chefões da CBF que a humildade e consciência desportiva não têm nada a ver com aviões fretados, comitivas de parentes e mordomias indecentes.

E na derrota justíssima para a Bélgica ficamos todos com cara de bunda, porque só naquele momento percebemos que não podemos mais ostentar a titularidade de país do futebol. Nós brasileiros aceitamos de cabeça baixa o arreio que nos colocaram na calada da noite com articulações espúrias para liberar bandidos de suas penas, tão fácil quanto foi substituir um “perna de pau” por outro numa copa do mundo que custou menos da metade do que foi a Copa de 2014 no Brasil.

Um grande jogo entre Bélgica e Inglaterra e outro melhor ainda entre Croácia e França. Um futebol digno de suas torcidas que aprenderam há muito tempo outros valores. Aprenderam que ser campeão do mundo é bom, mas melhor é estar no mundo como gente e não massa de manobra ao som dos berros de um Galvão Bueno.

Aos nossos atletas fica a lição da humildade. A um deles, em especial, fica a lição de que é preciso muito mais do que dois cabeleireiros especialistas em topetes para ser um atleta admirado. E ao povo que esperava o hexa, como quem espera um prêmio da Mega sena vai a minha sugestão: “vamos trabalhar por educação, saúde, segurança, salários mais dignos, porque as eleições serão o nosso campo da vitória!”

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