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Insatisfação – sem argumentos – clima tenso – doida da cabeça – onde está o diretor?

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INSATISFAÇÃO – SEM ARGUMENTOS – CLIMA TENSO – DOIDA DA CABEÇA – ONDE ESTÁ O DIRETOR?

Para quem assistiu a última reunião da câmara municipal de vereadores, pôde perceber que o clima político na cidade não anda nem um pouco tranquilo. Em uma noite de pauta extensa, dois inscritos para uso da tribuna, diversos projetos dando entrada na casa, outros tantos para votação, sem contar com dois vetos impostos pelo executivo e um clima tenso.

 TRIBUNA

Já de inicio, foi feito o uso da tribuna pelo orador inscrito Sr. Edison Rafael G. Campos, que insatisfeito com a atual administração municipal, retratou sobre a falta d’água ocasionada pelos péssimos serviços da Copasa, falou sobre os buracos nas ruas, obras paradas, CPI dos contratos de gestão da UPA local, entre outros.

 INSATISFAÇÃO

Demonstrando uma clara insatisfação pelos serviços públicos prestados pela atual gestão municipal, o tribuno não poupou sequer os edis, cobrando maior participação destes, que em seu ponto de vista, deveriam ser mais atuantes quanto à fiscalização na execução dos serviços públicos. Com discurso simples, porém objetivo metralhou o orador em todas as direções, afirmando que Nova Serrana é detentora de boa arrecadação orçamentária e questionando onde e como o dinheiro arrecadado com os tributos está sendo aplicados. Ao fim de sua explanação, ouviu o tribuno o jargão de Sempre “Sr. Edson, a câmara agradece a sua presença e informa que este espaço está sempre aberto à população”.  Pela fala do tribuno é nítido que o mesmo se retirou do plenário sem ouvir as respostas ou ao menos algum esclarecimento sobre os pontos questionados.

 DEBATE POLÍTICO

Ronan Welly, fundador de um grupo político de debates em redes sociais, por uns amado e por outros odiado, foi o segundo orador inscrito a se pronunciar. Com veemência, cobrou o tribuno que o legislativo municipal fizesse uma análise minuciosa sobre o projeto de lei de autoria do executivo municipal que visa permutar áreas com um empreendedor local, a fim se dar continuidade a Avenida José João Rodrigues no bairro Park Dona Gumercina Martins, ligando a marginal da BR 262. Corroborando com matéria sobre o mesmo assunto, já publicada nesta coluna, afirmou o orador, que o referido projeto, como proposto, trará grandes ganhos ao permutante e que para o município não haveria beneficio algum, já que sequer o sentido de direção ao qual se propõe o projeto atenderia a demanda, causando mais congestionamentos em um local já de trânsito caótico. Cobrou ainda o tribuno, que foi responsável pela convocação de uma manifestação contra os serviços que a Copasa vem prestando no município a participação do chefe do executivo municipal ou mesmo de representantes deste junto ao movimento. Esclareceu Ronan que o movimento tratou-se de uma manifestação apartidária, tendo a participação de representantes de diversas ideologias políticas, inclusive de fora do município.

SEM ARGUMENTOS

Em uma única reunião, nunca se viu tantas reclamações por parte dos vereadores, especialmente quanto aos famigerados buracos em vias publicas e mato alto. Informar quantas vezes a palavra “buraco” foi dita na noite, não é uma tarefa fácil. Até a vereadora Terezinha, sempre com seu jeito comedido, avessa a discussões se pronunciou sobre os problemas que afligem o bairro Fausto Pinto da Fonseca. A insatisfação destes moradores é a mesma de toda a cidade, inclusive da zona rural. Por ser o vereador o político mais próximo do cidadão, ficou nítido que os mesmos vêm sofrendo uma forte pressão por populares que não suportam mais essa sensação de desleixo. A falta de argumentos do vereador para com o cidadão tem causado irritabilidade nos mesmos, sendo facilmente detectada em seus pronunciamentos.

 DENÚNCIA

Segundo informado por um vereador, foi instituído um telefone para denúncias de buracos em vias e outros serviços que o cidadão poderá utilizar para pedir o reparo desejado. De imediato, rebateu o vereador Valdir das festas juninas dizendo que a ideia é boa, porém ressaltou o vereador que o serviço deverá ser realmente resolutivo já que sequer os ofícios encaminhados pelos vereadores são respondidos e muito menos cumpridos. Já o vereador Adair, expôs que o executivo deveria usar o numero “171 e disponibilizá-lo como disque renúncia”. Segundo o vereador, a alusão ao numero 171 se deve ao fato de um “estelionato eleitoral” cometido pela atual administração de acordo com postagens feitas em redes sociais por um ex-servidor municipal, responsável pela elaboração do plano de governo eleitoral da atual gestão municipal.

 CLIMA TENSO

Que a relação entre os vereadores Jadir Chanel e Osmar Santos não era das melhores, todos já sabiam. Mas como diz o ditado “não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar” parece ter sido a máxima da noite. Revivendo o episódio da reunião passada em que Osmar demonstrou contrariedade por ver seu “colega” se encaminhar até o Ministério Público e denunciar a casa por manter servidores supostamente em condição irregular, afirmou o Presidente do legislativo que quem estava em situação irregular era o vereador denunciante, que contava com o auxilio em seu gabinete de um servidor que em face de seu grau de parentesco, estaria o vereador praticando nepotismo.

 HOLOFOTES

Diante da afirmativa do vereador Presidente, Jadir Chanel afirmou que o mesmo teria que provar o que estava afirmando. Diferentemente dos meios praticados por Jadir, pelo que foi percebido, teria se dirigido silenciosamente ao Ministério Publico, preferiu Osmar, entregar ao edil em plenário, uma pasta contendo documentos que segundo ele, provam o grau de parentesco com o ex-servidor, motivo pelo qual o mesmo já se encontra exonerado, trazendo pra si os holofotes de toda a impressa e de quem acompanhava a reunião.

DOIDA DA CABEÇA

O vereador Osmar Santos é conhecido pelo seu posicionamento firme e fala forte. Na mesma noite, além de tecer criticas a servidores do executivo, em sede de argumentos, justificando a ausência por não estar presente a manifestação contra a Copasa, informou o vereador que passou a noite no Hospital São José, intervindo por duas pacientes que precisavam de ajuda urgente, correndo inclusive risco de morte, caso não fosse transferida. Denunciou o vereador que a médica plantonista estava ”bêbada, se ela não estivesse bêbada ela estava drogada ou então ela tem problema de cabeça, a médica é louca, louca de tudo”.

 POUCA HARMONIA

Foi perceptível na última reunião que a harmonia entre os poderes executivo e legislativo definitivamente não andam bem. Se é possível afirmar que a relação entre os poderes não é das melhores, dentro do próprio legislativo ficou nítido também o distanciamento entre vereadores de situação e oposição, especialmente aqueles mais próximos à administração municipal. Sequer o terceiro mês do ano se encerrou e já é possível ver nuvens negras e pesadas, com possibilidade de fortes trovoadas. E olha que tudo isto em meio a um cenário nebuloso, em um ano de orçamento engessado, que fatalmente forçará com que o executivo em breve vá pedir bênçãos ao legislativo para aprovar projetos de lei, visando suplementar sua dotação orçamentária.

 ONDE ESTÁ O DIRETOR

Em plena atividade, a comissão formada para se investigar as supostas irregularidades nos contratos firmados pela UPA, deu seguimento aos trabalhos. Surpreendentemente, após se tentar convocar o Sr. André Luiz Tavares, o servidor do legislativo municipal, encarregado de convocá-lo tomou ciência e expediu uma certidão informando que o mesmo rescindiu seu contrato com a OS Hospital Maternidade Terezinha de Jesus. Até o fechamento desta coluna, o mesmo ainda não havia sido encontrado para prestar esclarecimentos. Para um profissional que teve em tão curto espaço de tempo, uma ascensão meteórica, com diversas promoções e um significante aumento em sua remuneração, deixa no ar um sentimento de que a decisão tomada merece explicações.

 DESPERDÍCIO DE TEMPO E ENERGIA

Nova Serrana e seu povo têm por característica o crescimento e o empreendedorismo, como base de sua historia. Quando se vê a pouca acessibilidade, falta de diálogo e capacidade de articulação do executivo municipal, imagina-se que o atual momento vivenciado seja o retrato da política empregada. Em virtude das deficiências reiteradamente cometidas, temos hoje um legislativo perspicaz e audacioso, que enxerga na ineficiência dos serviços ofertados aos munícipes a oportunidade de se destacar e ocupar espaços, mesmo que seja assumindo a responsabilidade que é constitucionalmente atribuída ao poder executivo. Enquanto uns ocupam seu tempo elaborando justificativas que não são digeridas pela população, ou mesmo atribuindo toda responsabilidade ao governo estadual, outros vem fazendo um trabalho de destaque, mostrando sensibilidade e visão, sem contar que quanto mais o tempo passa, mais força vem adquirindo nomes tradicionais do cenário político local.

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