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Gol olímpico decidiu o título mineiro de 1962 entre Atlético e Cruzeiro
A edição do Campeonato Mineiro de 1962 teve a decisão totalmente disputada no Independência
A última final direta de título mineiro entre Cruzeiro e Atlético, antes da inauguração do Mineirão, foi na edição de 1962 e num cenário em que o futebol do Estado vivia um momento muito especial. Com informações de Itatiaia.
A decisão entre atleticanos e cruzeirenses aconteceu entre o Campeonato Brasileiro de Seleções de 1962, vencido por Minas Gerais, em janeiro de 1963, e a Copa América da Bolívia de 1963, em que a Seleção Brasileira contou com vários jogadores do futebol de Minas Gerais.
Isso explica o fato de as três partidas decisivas entre Atlético e Cruzeiro terem sido disputadas num espaço de apenas cinco dias, pois era preciso se resolver logo o Estadual de 1962, que invadiu o ano seguinte, o que era comum na época.
Este título atleticano de 1962 foi literalmente de virada. A decisão aconteceu porque os dois rivais, num campeonato por pontos corridos, terminaram empatados. E nesse caso, o regulamento previa a disputa de uma melhor de três.
No primeiro jogo, em 10 de fevereiro de 1963, o Cruzeiro fez 1 a 0, com um gol do centroavante Dirceu Pantera, maior goleador cruzeirense nos clássicos no Horto com 5 gols.
Na segunda partida, dia 13, o Atlético empatou a disputa fazendo 2 a 1, com Nilson definindo a vitória já na reta final da partida. O terceiro jogo era necessário e aconteceu apenas dois dias após o segundo confronto.
Em 15 de fevereiro de 1963 um dos dois deixaria o gramado do Independência como campeão mineiro de 1962. O Cruzeiro fez 1 a 0 com Rossi, mas na etapa final Dinar empatou para o Atlético.
Na prorrogação, um gol olímpico de Toninho, aos 8 minutos do primeiro tempo, garantiu a taça ao Atlético, maior campeão mineiro na Era Independência e que fez valer a sua supremacia na última decisão direta diante do Cruzeiro antes da inauguração do Mineirão.