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Falta de dinheiro em caixa faz com que Câmara compre gasolina fiado

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 Presidente diz ter assumido a casa com situação financeira delicada e afirma que repasses ao executivo foram irresponsáveis

A política de Nova Serrana vive uma nova fase com uma presidência da Câmara Municipal que não faz parte da base política do atual prefeito, e um mês após assumir o cargo Osmar Santos (Pros) já encontra dificuldades quanto a situação financeira e administrativa em que encontrou a casa.

De acordo com Osmar Santos neste primeiro mês o contato com os vereadores e servidores tem sido positivo, porém seu principal empecilho tem sido administrar os problemas até estruturais com praticamente nenhum orçamento.

“Tenho um bom relacionamento com os vereadores, a dificuldade tem sido o fato de que pegamos a Câmara com a conta zerada, os pouco mais de R$ 20 mil eram para contas fixas e questões como combustível, e manutenção dos veículos foram deixados de lado”. Disse o presidente.

Entre as questões que tem sido solucionadas pelo presidente recém empossado estão questões estruturais e de manutenção do próprio prédio da Câmara de Nova Serrana.

“Tivemos que arrumar o elevador que ficou mais de três meses parado, apesar de ter gerado economia para as contas da casa o cuidado com o ambiente, com a Câmara foi algo que ficou a desejar na última gestão, e isso ainda agrava pelo fato de que ficamos sem caixa para arrumar a casa esse foi o problema”. Explicou Osmar Santos.

Outro problema estrutural são as goteiras que ficam para ser consertadas, e os veículos da casa além de não terem caixa para serem abastecidos também não receberam manutenção quando devido.

“Estamos comprando combustível fiado, fazendo notinhas, as goteiras e manutenção do prédio estão sendo ajustadas agora porque não foram feitas na gestão passada. Um veículo da câmara ficou um ano parado e não foi dada a manutenção, agora temos essa responsabilidade”. Ponderou o presidente.

Funcionários sem acerto

Quanto ao quadro de efetivos, Osmar Santos vem vivenciando outra dificuldade, o presidente alega que os acertos dos funcionários contratados não foram feitos em dezembro como normalmente é praxe e essa conta cai agora sobre seus ombros.

Segundo o atual presidente, a postura adotada pelo ex-presidente Pastor Giovani (PMDB) foi de dar férias aos funcionários e deixar com que os acertos caíssem sobre a nova gestão.

“Os funcionários da casa que teriam direito no final do ano ao seu acerto, esse procedimento é feito normalmente em dezembro e no ano seguinte é feita uma nova contratação. Essa prática é o costume administrativo da casa para com o servidor contratado, porém  a antiga presidência não fez isso, colocou todos de ferias e não fez nenhum acerto, agora estamos tendo que arcar com férias e um terço de férias o que deveria ter sido feito no ano passado”. Disse Osmar

Irresponsabilidade

O princípio da economicidade adotado pela ex-presidência foi amplamente elogiado em Nova Serrana, contudo Osmar Santos tem hoje uma visão um pouco diferente mediante as atitudes e forma pela qual Pr. Giovane Máximo conduziu a casa.

Para Osmar ouve irresponsabilidade quanto a forma como foi gerido os recursos da casa, sem que fosse analisado as condições administrativas futuras.

“Parte dos recursos foi devolvido para o executivo algo e torno de R$ 1,3 milhão, eu entendo que devolver dinheiro tendo conta para pagar é irresponsabilidade. A situação se agrava quando percebemos que não foi feita nenhuma recomendação para a destinação dos recursos devolvido, até agora não sabemos com o que a prefeitura gastou esse dinheiro”. Afirmou o presidente.

Contudo Osmar deixa claro que quanto a administração e processos administrativos e financeiros feitos pela ex-presidência não haverá de forma alguma nenhuma sanção contra o Pr. Giovane.

“Diante destes fatos apenas queremos deixar claro para todas as condições em que assumimos a Câmara, achamos que ele não agiu de forma correta como deveria, mas não temos intuito de levantar nenhuma sanção ou qualquer tipo de questão ou processo administrativo contra o ex-presidente”. Afirmou o Osmar Santos.

 Solução

Segundo Osmar Santos, hoje os veículos estão sendo abastecidos a prazo, porém os mesmo estão impossibilitados de fazer viagens para uma distância maior devido a falta de manutenção, assim a presidência aguarda o repasse da prefeitura para que assim sejam colocadas as coisas em ordem.

De acordo com a administração da Câmara o primeiro repasse deve ser feito ainda esta semana e com os valores repassados, gradativamente a situação administrativa será ajustada, tendo em vista que os recursos não devem ser o suficiente para sanar os problemas imediatamente.

“Ainda não fizemos um levantamento completo, mas acredito que o primeiro repasse não será suficiente para arcar com tudo. Para se ter uma ideia apenas com o acerto de funcionário acredito que teremos uma despesa de mais de R$ 200 mil, sendo que temos uma estimativa de orçamento R$ 700 mil mensais, ou seja algo em torno de R$ 9 milhões por ano”. Finalizou o presidente.

 Com a palavra Pr. Giovani Máximo

Todas as ponderações feitas por Osmar Santos foram apresentadas ao ex-presidente Pr. Giovani Máximo que se posicionou oficialmente sobre as questões.

Em nota pastor Giovani afirmou que todos os servidores da Câmara Municipal de Nova Serrana que não foram exonerados foram pagos no dia 20 de Dezembro. E ainda “Os demais servidores ocupantes de cargo em comissão junto à presidência foram exonerados e receberam os valores devidos no dia 28, último dia útil do ano, conforme obriga a legislação”.

No comunicado o ex-presidente afirmou que foi deixado no caixa da Câmara Municipal valores suficientes para cobrirem todos os gastos previstos para janeiro de 2018. “Foi deixado em caixa o valor aproximado de R$ 79 mil. No mais, não houveram exonerações em dezembro que não foram pagas aos servidores, sendo certo que qualquer acerto relativo a exoneração de servidores no mês de janeiro devem ser pagas após o dia 20 de janeiro, quando já encontra-se em conta o duodécimo daquele mês, o que soma a importância de R$ 660.330,85, sendo que as despesas provisionadas não alcançam sequer 80% (oitenta por cento) deste valor”. Afirmou em nota Pr. Giovani.

 Devolução dos recursos

Já quanto a devolução de valores ao Executivo, Pr. Giovani explicou que estes se deram por obrigação legal, já que o valor oriundo de duodécimos devem ser devolvidos ao Executivo até o fim do mês de dezembro, e caso não ocorra esta devolução, tais valores serão descontados, fatidicamente nos valores dos duodécimos a serem repassados nos meses futuros.

Manutenção dos veículos

Quanto a manutenção dos veículos, foi ponderado pela ex-presidência que: “conforme relatório emitido pelo setor de controladoria da instituição, todas as manutenções necessárias de veículos foram realizadas no ano de 2017, tendo os mesmos sido entregues limpos e em perfeitas condições. Somente o veiculo Volkswagen Polo não recebeu manutenção, por ter sido a licitação para manutenção do mesmo frustrada, conforme é de conhecimento público e principalmente da Câmara Municipal de Nova Serrana, haja vista a natureza jurídica da própria licitação, que impõe transparência”.Esclareceu Pr. Giovani.

Por fim o ex-presidente ressaltou entender que executou de forma correta seu papel à frente da casa. “Com relação à administração da Câmara Municipal de Nova Serrana no exercício 2017, entendemos que a mesma foi realizada de forma consciente e responsável, sem que nenhum gasto desnecessário fosse permitido, com uma preocupação com a moralidade com os gastos públicos, combatendo privilégios, na busca de uma forma de gestão que mais se adequasse à realidade do país em que vivemos. Tanto é verdade que foi devolvido aos cofres municipais valores vultuosos, e destinados a investimentos à população de Nova Serrana, que é a mais interessada em uma administração coesa”. Finalizou o Pr. Giovani Máximo.

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