Editorial - Opinião sem medo!

Entre conhecimento, política e a legalidade!

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Nos últimos dias as competências dos candidatos a presidente tem sido alvo de debates nas redes sociais. Qualificação dos candidatos, conhecimento sobre o setor público, sobre administração pública e propriedade sobre áreas como educação, saúde, economia, tem sido o padrão dos debates.

Em meio a todas as polêmicas, Jair Messias Bolsonaro, um pré-candidato que tem se mostrado cada vez mais forte na corrida para a presidência, tem sido amplamente criticado, e acreditem as criticas vem principalmente dos eleitores da esquerda, que por 16 anos votaram  na elevada qualificação e educação de Luiz Inácio Lula da Silva e no conhecimento amplo e concreto da mulher que saldou a mandioca Dilma Houssef.

As críticas, no entanto, expõe uma questão que aqui vamos visualizar, refletir e aplicar em nossa cidade. É necessário que o candidato eleito tenha conhecimento técnico sobre as pastas sociais?

Se a sua resposta foi sim, e você votou em Nova Serrana na última eleição, você acaba de se enquadrar em duas opções, ou se arrependeu do seu voto nas eleições passadas ou promoveu uma análise incoerente.

Em Nova Serrana o conhecimento técnico não é nem de longe uma das qualidades dos representantes políticos de nossa cidade. Em sua ampla maioria os nossos edis não são letrados, e o prefeito tão pouco, que por diversas vezes afirmou que concluiu os estudos através do Cesec (programa que deveria ser abraçado por todos que não completaram ainda os estudos).

Mas até ai tudo bem, não se precisa conhecer da parte técnica administrativa da saúde, se você tem um corpo competente e altamente qualificado para tomar as decisões no que diz respeito à pasta.

Assim também é no esporte, nas obras, no direito, e é justamente nesse ponto que o leite tem entornado em nossa cidade. Os vereadores não precisam ser juristas, mas pelo que temos visto, erros tem sido cometidos e ou o jurídico da casa não tem feito seu trabalho de forma consistente ou os vereadores simplesmente ignoram o conhecimento técnico dos doutores.

Nessa edição do Popular trazemos à tona mais um projeto visto como inconstitucional pelo executivo. Mais um projeto foi construído, dada sua análise jurídica, colocado em plenário, votado e posteriormente vetado pelo executivo, por ser aos olhos dos procuradores, inconstitucional.

Se olharmos para os dias passados vamos lembrar que não só projetos da oposição, mas também da base foram vetados, como a pauta de ocupação do solo e legislação sobre empreendimentos imobiliários do vereador Juliano do Boa Vista.

Temos dois projetos de regularização fundiária vetados, temos agora o projeto da destinação e encaminhamento de pacientes vetado. Ou seja, projetos negados pelo prefeito contra os vereadores é o que não falta. E de quem é a culpa nesse contexto?

Podemos listar problemas políticos, podemos listar incoerência em análise, podemos listar falta de embasamento, podemos listar que talvez o investimento do legislativo com um setor jurídico que custa mais de R$ 30 mil por mês tem sido pouco eficiente.

A questão é que além de caracterizar a birrinha política entre os poderes, ainda percebemos que os investimentos técnicos tem sido ineficientes e sendo assim o legislativo poderia avaliar se realmente tem sido eficaz no que tange a construção dos projetos e sugestões.

Se dentro dessa análise for constatado caro leitor, que os vereadores têm atropelado os conselhos jurídicos e assim sendo tem imposto seus desejos e fetiches, aí cabe à presidência bater na mesa e colocar a casa em ordem.

Percebemos que claramente não se precisa de ser técnico em um setor para ser político, mas é necessário que se haja bom senso, humildade para aprender e ouvir, afinal não adianta de nada gritar para o povo que se trabalha e aprova projetos de benefícios sociais, se por detrás do projeto se tem a orientação que ele é inconstitucional. Não adianta nada afirmar para a população que está tentando resolver os problemas da cidade, se a birrinha política lhe faz colocar um cabresto e assim ser impedido de assinar projetos que seriam benéficos pelo fato de serem propostos pela oposição, e justificar a mesma atitude com afirmativa que a inconstitucionalidade não permite a aprovação.

Não sabemos quem tem efetivamente a razão em todo esse imbróglio político e jurídico, mas de fato percebemos que muita energia tem sido gasta, muito dinheiro tem sido investido e os resultados para a população ainda são limitados e aquém do merecimento do povo de Nova Serrana.

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