Editorial - Opinião sem medo!

Briga de cachorro grande

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“Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”

Esse ditado popular faz parte de inúmeras ponderações quando o assunto em questão é relacionado a briga ou debate entre duas pessoas que são muito próximas.

A proximidade faz com que peculiaridades sejam colocadas em pratos rasos em plena discussão e os interesses de ambas as partes são levadas em consideração. Assim, quando um terceiro toma partido, ele acaba se tornando inimigo de uma das partes.

Quando uma terceira pessoa mete o bedelho nessa briga pode ainda acontecer deste mesmo se tornar inimigo de ambas as partes, uma vez que, no fim da história, o amor ou o interesse, na maioria dos casos faz com que as desavenças sejam superadas.

Bom, nós deste Popular somos a terceira pessoa na briga entre executivo e Copasa. Desde que as interrupções no fornecimento de água tem se tornado mais do que frequentes, e sim um verdadeiro tormento no município, nós noticiamos e cobramos posturas das duas partes.

Metemos nossa mão nessa briga de cachorro grande e noticiamos com exclusividade cada passo de um processo que passou por CPI e agora caminha arduamente no âmbito da Judiscilização.

Acredite ou não, já recebemos mensagens do “ente maior” informando que se não desacelerássemos as críticas, arcaríamos com as consequências. Mas ainda assim cumprimos com nosso papel e noticiamos e cobramos melhorias e soluções para uma situação fatídica de prestação de serviço no município.

Mantendo nosso papel publicamos em primeira mão mais uma decisão judicial contra a Copasa. Liminar que coloca a empresa na parede, mas que pode ser ainda derrubada pelo competente e bem estruturado jurídico da estatal, jurídico que indiretamente é pago com o dinheiro da água que nós pagamos mesmo sem sair nas torneiras.

Nós metemos a mão na briga de cachorro grande e mostramos que a prefeitura está sim buscando uma forma de solucionar ou pelo menos minimizar os problemas que hoje são enfrentados pela população.

Temos que dar crédito e aplaudir quando de fato algo é movido, e por mais que muitos tenham a ideia e o objetivo de elucidar que a solução é romper o contrato, é salutar lembrar que encerrando o contrato quem fará a prestação de serviço, como ficará o abastecimento e dos bolsos de quem sairá a multa de rescisão do contrato feito de forma indevida.

O que queremos lembrar é que a prefeitura criou esse problema, com o aval dos vereadores lá no ano de 2010. Quando assinaram esse lamentável contrato de 30 anos, que não prevê ou garante praticamente nenhum direito ao município.

Como a prefeitura criou o problema, esperamos que a prefeitura o solucione. Claro a culpa não é do Euzébio, mas se quer assentar na cadeira de dar as cartas, é necessário saber jogar o jogo, e neste caso, assumir a responsabilidade com a personalidade de quem herda um problema e o enfrenta de peito aberto.

O jurídico fez a sua parte até o momento, agora é acompanhar de perto e verificar se de fato por meio da justiça a solução será efetivamente dada a população.

Nosso único receio é que, como informado uma liminar pode ser derrubada, e no meio da briga dos poderes a “estatal”, com seu aporte financeiro, acaba fazendo com que a justiça cega, enxergue o interesse do lado mais forte, e por mais uma vez a população seja lesada e novamente sem água para suas necessidades básicas.

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