Editorial - Opinião sem medo!

Blindado porta adentro!

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Na manhã desta segunda-feira, recebemos logo pela manhã a informação de que um protesto estaria acontecendo na prefeitura de Nova Serrana e pelo que tudo indicava o olho do furacão, seria a insatisfação dos taxistas por um aplicativo lançado na cidade.

Chegando a prefeitura nossa equipe encontrou taxis estacionados, buscamos informações e ouvimos de funcionários que os taxistas estariam no gabinete do prefeito. Chegando à porta do chefe descobrimos que os mesmos estavam reunidos de portas fechadas.

Como meio de imprensa que diariamente cobre todos os acontecimentos da cidade, questionamos se mais alguém da imprensa estava presente e tivemos a negativa. Logo em seguida acionaram o chefe de gabinete que fazia parte da reunião e o mesmo nos informou que, não houve protesto (o que os próprios taxistas desmentiram) e segundo que não poderíamos acompanhar a reunião.

O chefe de gabinete ainda nos informou que uma nota seria enviada para toda a imprensa, o que mais uma vez nos causou um descontentamento, afinal éramos o único veículo que estava presente na prefeitura, ou seja, fomos tratados tendo nosso esforço e presença desprestigiada pela atual administração.

Diante de todo o ocorrido, nosso jornalista ainda questionou se a reunião teria uma duração mais prolongada, o que foi confirmado pelo secretário e diante do posicionamento de aguardar o fim do encontro, o secretário sinalizou positivamente, contudo mandou com que o jornalista aguardasse na recepção do corredor.

É justo falarmos que fizemos contato com o secretário Marcelo Caires que prontamente nos atendeu e pontuou todos os questionamentos de nossa equipe sobre o assunto, mas diante da negativa de acompanhar o protesto e reunião para solucionar o impasse nos foi necessário, ou entendido como devido fazer esse editorial abordando a blindagem que tem sido dada ao executivo.

De fato em nossos debates o próprio Thiago Monteiro, já afirmou que tem obtido acesso as informações, o que falta é acesso ao prefeito, ao posicionamento, ao homem que toma as decisões e que por algum motivo, provavelmente por estratégia, em meio a crise não tem tido sua cara estampada a frente da prefeitura.

Engraçado ressaltar que quando houve protestos dos ocupantes da Cantagalo, permitiram nossa participação da reunião, quando assinaram os processos dos pontos de táxis, chamaram nossa equipe, quando tomaram a decisão de transferir alunos para a rede estadual, nossa equipe foi acionada.

Quando em muitos casos era necessário dar um esclarecimento a interesse da prefeitura somos bem vistos e acionados, contudo de um tempo pra cá as portas do gabinete do prefeito estão constantemente fechadas.

Tendo um jornalista à frente do gabinete deveria facilitar o acesso ao prefeito, afinal em todo curso de comunicação tem matérias ligadas a assessoria de imprensa e comunicação estratégica, mas essas aulas talvez não foram cumpridas pelo secretário.

Fechar a porta do gabinete ou diante de questões encaminhadas apenas afirmar que a prefeitura não tem mais nada a falar além da nota, não é o posicionamento que um gestor com a oratória de Euzebio deveria tomar.

Normalmente a cara é escondida quando se tem culpa no cartório, quando se tem vergonha do que é feito, ou quando se quer omitir ou esconder algo, e acreditamos que em nenhuma circunstância isso deve ser feito ou pretendido pelo nosso prefeito.

Paulo Cesar com todos os seus defeitos tinha a vantagem de nunca fechar a porta para a imprensa, nunca se omitiu. Joel com todas as suas limitações de oratória, sempre teve uma comunicação solícita, e Euzebio, tem claramente mais condições de se posicionar de forma clara do que qualquer outro prefeito.

O que nos da a impressão é que querem tirar a cara do prefeito das manchetes, dos problemas, dos desafios, mas a estratégia não é a mais eficiente pra não dizer menos inteligente afinal, colocar a cara na brecha também tem o fator positivo.

Sim, o prefeito deve repensar com sua assessoria (se podemos chamar assim) e assumir a bronca e se posicionar faz com que o gestor seja respeitado e solucionando a questão o mesmo será o herói, e sinceramente em dois anos muita coisa muda, o chefe do executivo tentará a reeleição e ser lembrado como o prefeito que se posicionou diante a crise é muito melhor do que ser lembrado como o prefeito que se fechou em seu gabinete, quando o problema bateu em sua porta.

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