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Benzedeiras e benzeção podem virar patrimônio imaterial dos mineiros

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Maria de Lourdes é benzedeira há 90 anos, no ES — Foto: Carlos Palito/ TV Gazeta

As benzedeiras e a benzeção estão no caminho para receber o reconhecimento como bem de relevante valor imaterial, cultural e social de Minas Gerais, ao lado de símbolos da mineiridade como a produção de queijo do Serro, a viola mineira ou o artesanato do Vale do Jequitinhonha. Com informações de O Tempo.

O Projeto de Lei (PL 2024/2024), de autoria da deputada Ione Pinheiro (União), reconhece as benzedeiras como patrimônio mineiro e tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

“Quebranto, cobreiro, aguamento, ventre virado são males vinculados à ação de cura das benzedeiras e dos benzedores. Suas orações ingressam em um universo simbólico de práticas curativas que fazem parte das crenças populares e penetram a memória coletiva”, justificou a parlamentar.

Segundo ela, dar aos benzedeiros o reconhecimento de relevância cultural, não significa concordar com a eficácia do método, mas reconhecer que este tipo de fé faz parte da raiz do povo mineiro. “O poder público possui o dever de mapeamento e o registro, em terras mineiras, para a salvaguarda de benzedeiras, benzedores e o ofício de benzer”.

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