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“Balofo é a mãe!”

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Não tem coisa pior no mundo do que ser reconhecido pela sua forma estética. Pior ainda é quando a pessoa se torna referência, como por exemplo: “é logo ali, ao lado daquele gorducho”! Ou ainda, estar em algum lugar e ouvir um grito anônimo dizendo “Anda logo, seu balofo!” Ora, a resposta é imediata e dirigida a quem só quer o bem: “Balofo é a sua mãe!”

Aí a coisa desanda de tal forma, que o coitado além de ser um destaque pejorativo ainda entra em depressão. Quem nunca se incomodou, quando uma pessoa acima do peso senta-se ao seu lado? Quem nunca notou que uma pessoa gorda tem dificuldades pra tudo, ou seja, pra se vestir, para amarrar o tênis, pra passar numa roleta, sentar numa cadeira de bar, entrar num carro, ir ao banheiro, tomar banho e até “nhanhar”, quando acontece a oportunidade.

O dicionário tem uma série de sinônimos para uma pessoa acima do peso e nenhum deles é delicado em sua expressão, quer ver?

Balofo, gorducho, rechonchudo, redondo, anafado, roliço, barrigudo, inchado, rotundo, gordalhão, gordalhufo, banhudo, repolhudo, trambolho, rolho e por aí vai! Os profissionais de nutrição falam do período atual, quando a queima de gordura é mais acentuada no inverno do que em outras estações.

Mas, também é preciso entender a combinação de fatores que vão determinar o seu “rótulo” social, mesmo que você pratique atividades físicas, frequente academias e cuide de sua estética.

O caso é o seguinte: tem gente que tem facilidade pra emagrecer e outras não. Tem gente que faz dieta pra engordar (acredita?) e outras se estrebucham pra perder uns quilinhos. Todo gordo “é uma gracinha”, mas isso apenas na linguagem popular. Na verdade a primeira vista é que vale, e infelizmente, até você descobrir que aquele “rotundo” é gente boa demora um pouco mais.

O excesso de peso não é doença. É desleixo! A obesidade sim pode ter relação com alguma anomalia. Hoje a ciência e a tecnologia proporcionam muitas alternativas para manter a saúde corporal sem passar fome. Da mesma forma, a indústria voltada para o consumismo rápido e barato, também entra na luta na disputa pela sua preferência e consequente adesão.

Ninguém procura um profissional da área por gosto e na verdade não acredito que as pessoas façam turismo em academias e clinicas de emagrecimento.

Tem gosto pra tudo nesse mundo, mas o melhor mesmo é poder olhar, gostar e comprar uma roupa que vai caber certinho no corpo. É ótimo amarrar o tênis sem ficar roxo de tanto esforço (e digo isso por experiência própria). Poder passear e frequentar lugares legais sem o estigma do incômodo a outras pessoas é maravilhoso, porque não tem coisa mais constrangedora do que sentar numa cadeira de bar e ela se estrebuchar no chão aos olhos de todos (que vão rachar de rir antes de te socorrer).

Alguns dos leitores devem estar se perguntando, por que esse colunista está escrevendo sobre isso? E eu respondo: porque cada um pode tomar uma atitude e cuidar-se para que ninguém possa vê-lo como uma “coisa” e não uma pessoa.

Infelizmente no mundo de hoje a aparência é muito relevante e a saúde mais ainda. Apesar da consciência de muitos para acabar com discriminações, não tem jeito: o ser humano é perverso nestas horas e critica mesmo!

Minha ideia era passar a cada um dos leitores, que o mundo está cheio de problemas, seja na nossa vida, em nossa casa, com nossos amigos, que devem ter lá seus problemas e não é preciso ter mais um problema apenas pela falta de força de vontade ou vaidade positiva, que está diretamente ligada à sua autoestima.

É normal a gente ir a algum lugar bacana e ver pessoas esteticamente bem resolvidas se divertindo, rindo e alegres. Nessa hora é mais do que natural a gente sentir aquela pontinha de inveja da pessoa, da roupa, do jeito e outros predicados.

Mas essa inveja nada mais é do que a tristeza em ver a alegria do outro, quando ela poderia ser sua. Pensem nisso! Custa muito menos um programa alimentar e saudável do que perder e tentar recuperar momentos deliciosos da vida. Procurem uma nutricionista! Procure um espelho e se olhe de corpo inteiro. Sei que é ruim ler algo como o que acabou de ler, mas é para um bem maior, que é a sua saúde e a sua alegria!

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