Editorial - Opinião sem medo!
A imprensa agradece!
A imprensa normalmente vive em uma rotina intensa, principalmente quando se produz jornalismo diário e no interior. Os recursos são limitados, o tempo é limitado e o resultado tem que ser produzido em alto nível para que se tenham condições de ter o trabalho valorizado.
São muitas pautas e pouco tempo de apuração. Um volume de trabalho estressante diante de um tempo que não coopera em nada para que se possa trabalhar até mesmo de forma saudável.
Para se ter uma ideia da rotina intensa do jornalista, o prazo final para que se entregue uma pauta é conhecido na imprensa como dead line, o prazo limite, e se quisermos usar apenas uma das palavras, bom dead, significa morto e assim fica fisicamente o jornalista ao final de uma jornada de trabalho.
Constantemente nos deparamos, no entanto com coletivas de imprensa, eventos mal planejados, mal estruturados e que por sua vez não pensam na rotina dos profissionais da comunicação como um todo.
Tivemos nesta semana um caso que ilustra isso de forma bem pontual e clara em nossa cidade. Na última segunda-feira, dia 15 de abril, estávamos presentes em uma coletiva de imprensa para apresentação dos resultados do Hospital São José.
Para começar, temos que ressaltar que uma salinha que caberia umas 12 pessoas foi utilizada e somente da imprensa, juntando os veículos de comunicação com a assessoria do executivo e do próprio hospital eram dez a 12 indivíduos.
Um ambiente desconfortável foi o menor dos males, uma vez que a prolixidade encheu a cabeça de quem estava presente.
Após quase uma hora de fala muitas vezes redundantes, tentando mostrar uma resposta às críticas e considerações que vinham sendo feitas arduamente por vereadores e opositores do governo municipal, a paciência de alguns da imprensa se esgotou.
Particularmente nosso jornalista já recebia ligações de nossa redação, solicitando a ele que deixasse de lado a participação para que outras coisas, menos cansativas e mais bem elaboradas fossem abordadas.
A prolixidade da apresentação se deu de forma tamanha que os colegas da imprensa ao descobrirem que ainda teriam pelo menos mais uma hora e meia de apresentação, antes de chegar aos números que realmente importavam, interromperam a apresentação e praticamente falaram, temos mais o que fazer.
Foi colocado as obrigações e responsabilidades do trabalho e dai se iniciou uma coletiva, sem planejamento, sem informações, sem embasamento, onde até mesmo o prefeito que adora as câmaras deixou a missão para seu fiel escudeiro, Nelson Moreto.
Dai surgiu o segundo pecado. Nós cheios de boas intenções solicitamos que a apresentação fosse repassada para que tivéssemos informações para produzirmos uma matéria eloquente e solidificada.
O prefeito prometeu o envio das informações, a secretária confirmou que os dados seriam encaminhados, mas até momento do fechamento deste editorial os dados sequer chegaram a nossa equipe.
Nosso jornalista foi pressionado por essa editoria, mas diante da falta de senso e entendimento de que a imprensa deve receber, por exemplo uma copia do balanço impressa em uma coletiva de imprensa marcada pela prolixidade, fez com que nenhuma linha sobre o fato fosse abordado por nosso diário.
Temos que ressaltar que, um release foi enviado nesta quarta-feira, pela prefeitura, mas sinceramente ele não nos interessou, afinal somos um órgão que vem divulgando e acompanhando os ataques a figura do vice-prefeito e administração do hospital, e assim para fazermos o papel de forma correta e coerente precisávamos de olhar a situação como um todo.
Até entendemos que necessidade de se dar uma resposta faz com que alguns erros sejam cometidos, mas que fique a sugestão que da próxima vez a prestação de contas seja mais organizada, eficaz e menos prolixa. A imprensa de Nova Serrana e região agradece.