Esportes
Vôlei de praia: Staff de alto gabarito é peça-chave para conquistas de duplas
Equipes de alto nível, como Alison e Álvaro, contam com presença de profissionais de nutrição, psicologia, preparação física e até marketing para que o foco seja somente no resultado dentro de quadra
As duplas de vôlei de praia, atualmente, vão muito além dos atletas dentro de quadra. Um suporte do lado de fora, com toda a estrutura, segurança e confiança de grandes profissionais, é fundamental para que vários objetivos sejam alcançados.
Depois de sair de número 46 do ranking para o terceiro posto na classificação mundial, a dupla formada por Alison e Álvaro, já garantidos na Olimpíada de Tóquio, sabem como este staff por trás faz toda a diferença. Uma equipe multidisciplinar encurta o caminho e dá um suporte fundamental na área técnica, tática e psicológica.
“Esta equipe do lado de fora faz com que os atletas possam se concentrar apenas em treino e jogo. Isso é muito importante”, resume Alison. “Termos profissionais de várias áreas como nutrição, preparação física, psicologia, comunicação e marketing nos dá condições de treinar bem, de planejarmos a nossa temporada para alcançar os nossos objetivos”, completa.
O fato de apenas um atleta ser, ao mesmo tempo, a metade, aumenta a responsabilidade de cada um deles para o resultado final. “O vôlei de praia tem muito do jogo mental, de você enfrentar tudo em quadra, o tempo, o cansaço, a pressão, e não ter outro para colocar no seu lugar. A partir do momento em que você coloca um reserva, muda completamente o esporte”, pondera Álvaro, quando perguntado sobre a possibilidade da modalidade ter a regra de um jogador suplente, que ficaria de prontidão para momentos de imprevisto.
Os dois, até a pandemia, treinavam juntos em CT em Vila Velha (ES) com toda a estrutura necessária.
Pé embaixo em busca do ouro
Apesar de já estarem garantidos em Tóquio, Alison e Álvaro sabem que os desafios que os aguardam em 2021 são grandes. Será preciso entrar em cada um deles com a certeza de que servirão de preparação para os Jogos e que oscilações podem afetar a curto e médio prazo. “Se classificar pelo Brasil não é fácil, já é uma grande batalha vencida. Como atleta, estou sempre me cobrando de todas as formas. Essa questão de jogar mais solto acontece mais com o ritmo de competição que você tem, da confiança. É importante ter essa ansiedade, esse frio na barriga, isso é muito bom”, afirma Álvaro.
“O fato de termos a vaga garantida dá uma certa tranquilidade, mas só isso. Vamos entrar fortes na preparação, nas competições, porque a temporada é longa e exige nosso comprometimento. Temos objetivos e vamos em busca do melhor que pudermos. Será preciso fazer uma boa temporada, isso dá confiança, traz mais segurança para chegarmos bem nas Olimpíadas”, completa o parceiro.
Tudo em aberto para Tóquio 2020
Faltando cerca de um ano para os Jogos, Alison e Álvaro sabem como tudo pode acontecer, independentemente de pandemia e preparação afetada. Os dois lembram que saíram da posição de número 46 do ranking para o terceiro posto, com a certeza do potencial que têm para seguir indo longe.
“Teremos um pouco mais de tempo para fazer uma boa preparação para os Jogos. Há muito equilíbrio nas Olimpíadas. São os melhores times do mundo e isso já garante o alto nível da competição”, lembra Alison. “Um ano faz as coisas mudarem muito, com ou sem pandemia. Uma equipe que vinha bem esse ano pode não render tão bem no ano que vem. Isso é normal. Não é fácil se manter no alto nível”, sinaliza Álvaro.
