Violência
Violência contra idosos: Brasil registra 35 mil denúncias em cinco meses
Só até 2 de junho de 2022, o Brasil registrou cerca de 35 mil denúncias de violações contra idosos, segundo dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100). Em mais de 87% das denúncias (30.722), as violações ocorreram na casa onde o idoso mora. Segundo o ouvidor nacional de Direitos Humanos, Nabih Chraim, entre os agressores, os principais responsáveis pela violação são os próprios filhos, suspeitos em mais de 16 mil registros. Na sequência estão vizinhos (2.400) e netos (1.800 mil). As informações são da Agência Brasil.
Na maior parte dos registros (5,9 mil), a vítima tem entre 70 e 74 anos. Foram registrados ainda 5,8 mil denúncias relacionadas a idosos de 60 a 64 anos e 5,4 mil registros de violações de pessoas de 65 a 69 anos.
O secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), Antônio Costa, detalha que os maus tratos a idosos figuram em terceiro na lista de maiores registros de violações do Disque 100. “O idoso precisa ser cuidado e protegido para viver com dignidade”, contou.
Como denunciar a violência contra idosos
Quem quiser denunciar casos de violações de direitos humanos pode fazer anonimamente pelo Disque 100, que recebe ligações diariamente durante 24h, incluindo os fins de semana e feriados.
“As denúncias podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100, pelo WhatsApp (61-99656-5008), ou pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil, no qual o cidadão com deficiência encontra recursos de acessibilidade para denunciar”, informou o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Junho Violeta conscientiza sobre violência contra idosos
Todos os anos, ao redor do mundo é realizada a campanha Junho Violeta. O mês foi escolhido para marcar o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, criado em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa.
O período 2020-2030 foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a década do envelhecimento saudável, para reforçar o debate sobre o assunto e o combate a agressões e tratamentos abusivos dentro e fora do ambiente familiar.
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