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Vereadores pedem a Zema que pare de ir a Divinópolis ‘passear e namorar’

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Eles criticaram a ausência do governador e pediram providências para a conclusão do hospital regional e escassez de leitos em Divinópolis

Vereadores de Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, pediram que o governador Romeu Zema (Novo) pare de ir à cidade “passear e namorar” e vá solucionar a falta de leitos para tratamento contra a COVID-19. A declaração também foi feita, nesta quinta-feira (11/03), em meio às críticas da paralisação das obras do hospital regional que completam 10 anos.

Alterado, Ademir Silva (MDB) cobrou a presença de Zema na cidade. “93 mil votos que esse senhor teve em Divinópolis (…) e só vem aqui uma vez ou duas, para passear ou namorar. É uma vergonha senhor governador. Aposto que muitos desses que votaram no senhor morreram por falta de leitos lá na UPA”, declarou. O emedebista destacou que a conclusão do hospital regional representaria cerca de 400 leitos a mais para a região. Nesta quarta-feira (10/03) o secretário de saúde, Alan Rodrigo Silva, alertou para o risco de colapso do sistema.

A mesma crítica ao governador foi feita pela vereadora Lohanna França (Cidadania) ao defender o “fechamento da cidade” devido ao aumento da ocupação de leitos, principalmente, no Centro de Terapia Intensiva (CTI – COVID Infantil).

hospital de campanha está com 50% de ocupação, restando apenas quatro vagas. Não há vagas de enfermaria adulta e infantil na unidade. Já no Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), 90% dos leitos de CTI adultos estão ocupados e 80% dos clínicos, segundo a edil.

“Considerando esses números, a não ser que o governador resolva se mover, parar de vir para cá, como brilhantemente pontuado pelo vereador Ademir, para passear e namorar, a não ser que ele resolva vir para cá trabalhar e abrir esse hospital regional, e se isso for feito eu vou comemorar, considerando os nossos números e os leitos que a gente tem hoje, com 100% de ocupação de CTI’s, mães, pais, se sua criança precisar, e aí?”

Fechar a cidade

O pronunciamento desta quinta-feira (11/03) de Lohanna foi uma resposta às críticas que sofreu ao longo da semana por ter falado em “fechar a cidade”. A fala ocorreu após uma visita ao hospital de campanha. Hoje, ela voltou a reafirmar, porém minimizou. “Não venho em plenário e falo assim: tem que fechar comércio e fico trancada dentro do meu carro com ar condicionado. Venho aqui e fiscalizo as 4h40 e vou no ministério público depois”, afirmou.

Lohanna disse que tem atuado para manter o comércio aberto fiscalizando e denunciando as irregularidades. “Talvez eu esteja fazendo mais pela abertura do comércio do que quem fica aqui só gritando”, rebateu às críticas.

Desafiada a pagar boletos dos empresários, ela devolveu: “Quero fazer o desafio “adote um doente”, porque já que é para a gente adotar empresário, para a gente pagar boleto (…) Na hora que o empresário não tiver como pagar as contas, ele tem que procurar a vereadora, tá ok, quando não tiver CTI vai para a porta desses vereadores, vai ser legal. Vamos ver o que causa mais estragos”.

Ela ainda disse que “vereador não fecha cidade”, apenas sugere. Reforçando os indicadores de ocupação ela questionou qual seria a alternativa. “Posso vir aqui e falar trocentas vezes se deve fechar, abrir, pôr toque de recolher, não quero nada disso, quero o comércio aberto, comerciante trabalhando. Mas se vocês verem os números que estou falando, o quê que faz?”, questionou.

A vereadora ainda disse ter se emocionado após a visita a unidade. “O CTI COVID Infantil lotado só não abala quem não está no mundo real ou não mexe com criança. Eu mexo, então me abalo”, declarou. Ao ter o pedido de fechamento da cidade classificado como “populismo” ela rebateu: Populismo é vir aqui e falar que tem que ficar tudo aberto. Isso (fechar) é impopular, faz as pessoas te detestarem”.

*Amanda Quintiliano especial para o EM

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