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Vacinação

Vacinação contra HPV em crianças em Minas está abaixo do recomendado pela OMS

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A vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) em Minas, para o público-alvo, está abaixo dos 80% recomendados pelo Ministério da Saúde, informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta sexta-feira (13).

A cobertura acumulada em meninas de 9 a 14 anos, de 2014 a 2020, chega a 66,12%. Já entre meninos de 11 a 14, de 2017 a 2020, a cobertura alcançou 54,27%.

“Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde é de que a vacinação seja ampliada também para os meninos, que podem ser vacinados a partir dos 9 anos”, informou a SES-MG.

Ainda conforme a Secretaria, os dados servem de alerta, já que a imunização é uma estratégia de prevenção e redução de doenças ocasionadas pelo HPV, como cânceres do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis, boca e garganta, além de verrugas genitais.

Tabu
A presidente da Regional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm-MG), Jandira Campos Lemos, afirmou que ainda existe um tabu em relação à vacina contra o HPV, por se tratar de imunização associada a uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

“A vacina induz à proteção, não induz à atividade sexual. É importante que se vacine antes de iniciar a fase de atividade sexual justamente para diminuir a circulação dessas doenças, assim como se vacina contra a gripe antes do inverno”, explicou a especialista.

Jandira lembrou também que os pais podem aproveitar cada ida aos postos de saúde para verificar a situação do cartão de vacina dos filhos e, assim, atualizar a proteção das crianças.

Esquema vacinal
De acordo com a SES-MG, o esquema da vacina HPV compreende duas doses, com intervalo de seis meses. A criança pode receber a segunda dose mesmo após completar 15 anos, mas é essencial que tenha tomado a primeira até 14 anos, 11 meses e 29 dias.

O imunizante é utilizado por mais de 100 países e foi incorporado de forma escalonada ao SUS a partir de 2014.

Além de crianças de 9 a 14 anos, também devem ser vacinados os grupos com condições clínicas especiais: pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos.

Nesses casos, devem ser administradas três doses do imunizante, com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose, e de seis meses entre a primeira e terceira. Para a vacinação desses grupos, é necessária prescrição médica.

HPV
É estimado que o Brasil tenha de nove a 10 milhões de infectados pelo papilomavírus humano e que, a cada ano, surgem 700 mil novos casos.

Trata-se de um vírus que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões precursoras de tumores, como o de colo de útero, garganta e ânus.

A principal forma de transmissão do HPV é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é bem maior.

O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.

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