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Editorial - Opinião sem medo!

Um fim de semana para se lamentar!

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Um fim de semana marcado por tragédias e absurdos fatos inusitados. Ambos os tramas, familiares se tornaram protagonistas de cenas lamentáveis que jamais gostaríamos de noticiar em nosso diário, contudo devem ser amplamente debatidas para que socialmente possamos adotar medidas e inibir situações semelhantes.

Para começa uma ocorrência inicialmente cômica, porém séria, foi registrada na última sexta-feira. O fato é que estamos já acostumados a ver notícias apontando atentados ao pudor e assédios em ônibus, metrô e transportes coletivos nas grandes cidades, mas não imaginávamos que casos semelhantes aconteceriam por aqui.

Como nas grandes cidades, um homem foi preso por estar se masturbando publicamente dentro de um ônibus intermunicipal. O crime que inicialmente parece bizarro aponta na verdade nossa sociedade está a beira de um colapso de valores, isso podemos constatar pelo fato de que a noção do que é nocivo e permitido já está sendo completamente perdida.

A exemplo do que acontece nas capitais, um cidadão perdeu o senso do convívio social e por alguns distúrbios ou não se masturbava dentro de um ônibus, o que expôs e feriu claramente a índole de populares.

Como presságio dos dias ruins, a ocorrência ligou o sinal de alerta para um fim de semana que teria ainda duas tragédias. A primeira registrada ainda no sábado, quando uma criança de dois anos de idade foi atropelada no bairro São Geraldo e posteriormente veio a óbito.

Em casos assim, a pergunta sempre é direcionada a conduta do motorista que cometeu o atropelamento, contudo caros leitores, onde estavam os pais da criança, os responsáveis, aqueles que deveriam resguardar e cuidar da criança que pela idade jamais deveria estar na rua?

Não isentando a responsabilidade do condutor, mas a observância da família poderia sim ter evitado tal tragédia. E se tratando de família um fato tão grave quanto ainda estaria por acontecer e no domingo tirou ainda mais lagrimas da população de Nova Serrana.

Dentro de casa, o padrasto, um homem a quem as crianças deveriam confiar e estabelecer certo grau de afetividade foi o autor de um bárbaro feminicídio, tirando a vida de uma adolescente de 15 anos.

A menina bela e com brilho nos olhos, viu por meio de agressões seu futuro se esvair com uma facada no pescoço e para a polícia o motivo ainda é incerto, e mesmo que pelas redes sociais os mais bárbaros relatos apontem para que a criança tenha perdido sua inocência, cabe agora a polícia averiguar os fatos, investigar e culpar aqueles que são responsáveis.

Nesse caso novamente se faz a pergunta, onde estava a mãe, parentes, aqueles que poderiam proteger a menina que teve sua vida ceifada?

Não sabemos ao certo se esse é o caso, tão pouco estamos aqui condenando a mãe quanto ao crime que atingiu sua casa, mas de fato os números não mentem que mais de 50% dos feminicídios ocorridos no Brasil são cometidos por parentes, pessoas próximos de dentro do ciclo afetivo.

Alguns dizem que havia uma relação construída entre vitima e agressor, além do carinho de padrasto e enteada, e que o ciúme foi a causa da morte. Mas o que podemos afirmar é que dificilmente, como acontece de fato em outros crimes, os abusos, agressões e conflitos são fatos recentes ou acontecem pela primeira vez quando cometidos os crimes.

Normalmente crimes dessa natureza podem ser evitados, quando os responsáveis, pessoas próximas, amigos, parentes, professores, olham para além da casca exposta pela vítima e observam que algo de errado pode estar acontecendo.

Normalmente se fala que ninguém deve meter a colher em conflitos familiares, mas de fato se interferirem para o bem daqueles que ainda não tem condição de se defender de agressões e abusos, é valido sim, se comprometer com esses casos.

O que constatamos com os lamentáveis fatos ocorridos neste fim de semana é que se a sociedade não abrir os olhos e se atentar quanto a direção que a humanidade tem tomado, crimes, atentados, abusos, tragédias como as ocorridas neste fim de semana serão cada vez mais constantes.

Com isso além de vivermos em uma sociedade cada vez mais doente, estaremos cada vez mais expostos a riscos e conflitos e questões que apenas tornam o ser humano, um animal que não mais evolui, mas retrocede como ser social, que agora além e não ter mais respeito pelo próximo, não cumpre mais com suas responsabilidades básicas e coloca em risco até mesmo os mais queridos que estão sobre o mesmo teto.

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