Paulo Gonet já é o novo procurador-geral da República. Ao tomar posse na manhã de ontem, ele prometeu que sua atuação será pautada por um “agir técnico“. “Não buscamos palco nem holofotes. Devemos sobretudo ter a audácia de sermos bons, justos e corretos”, disse. Gonet enfatizou a importância dos “órgãos de coordenação e disciplina” dentro da PGR para eliminar a “cacofonia institucional” que tomou conta da instituição nos últimos anos, numa referência ao embate entre procuradores contrários e favoráveis à Lava Jato. Pacificar o órgão é uma das principais missões do novo procurador. (g1)
Em discurso na posse de Gonet, o presidente Lula afirmou que o procurador-geral não pode “brincar” com a instituição nem se submeter aos interesses dos Poderes ou ser pautado pela mídia. “Um procurador não pode se submeter aos presidentes de outros Poderes, mas também não pode se submeter à manchete de nenhum jornal e ou canal de televisão.” (CNN Brasil)
Atendendo a um pedido da deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) e contrariando parecer da área técnica da Corte, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes determinou que os presentes recebidos pelo presidente Lula neste ano sejam fiscalizados e auditados agora para saber se foram incorporados ao patrimônio pessoal dele. Como conta Lauro Jardim, a decisão inédita provocou surpresa entre os demais ministros, uma vez que a lei só prevê essa auditoria quando o governante deixa o cargo. O movimento foi visto como uma jogada política, após o TCU identificar 128 presentes que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou consigo e que deveriam ter sido incorporados ao patrimônio do Estado. (Globo)
Apesar de as relações políticas terem melhorado, a divisão da sociedade entre bolsonaristas e petistas segue em nível semelhante ao registrado no fim do ano passado, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Pesquisa Datafolha indica que 30% dos 2.004 entrevistados no último dia 5 disseram ser petistas convictos, enquanto 25% se declararam bolsonaristas. Em dezembro de 2022, o instituto registrou 32% de petistas, número similar devido à margem de erro de dois pontos percentuais, e os mesmos 25% de partidários de Jair Bolsonaro (PL). Ao longo deste ano, a sondagem foi realizada outras três vezes e em todas os números foram parecidos, flutuando sempre dentro da margem de erro. O centro, que contempla aqueles que dizem ser neutros, ficou com 21% agora e 20% antes. (Folha)
Ao longo do ano passado, o Exército brasileiro assinou contratos de pelo menos R$ 18,2 milhões com empresas recém-criadas em nome de jovens de 20 e 21 anos para o fornecimento de itens como capacetes e barracas. As companhias, porém, pertencem de fato a um empresário e um contador já investigados em diversas ações por fraudes em licitações e uso de laranjas. Segundo um dos envolvidos, que falou sob anonimato, essas empresas servem tanto para vencer as licitações sem revelar os verdadeiros beneficiários quanto para simular concorrência e beneficiar outros fornecedores com um preço combinado. Em nota, o Exército disse que suas compras “seguem o disposto na Lei de Licitações e Contratos”. (Metrópoles)
O Hamas divulgou ontem um novo vídeo de três reféns israelenses. Um deles se identifica como Chaim Peri, de 79 anos, que foi sequestrado em sua casa no Kibutz Nir Oz em 7 de outubro. Os outros dois são Amiram Cooper, de 84 anos, e Yoram Metzger, de 80, residentes de Nir Oz. Não há informações sobre quando o grupo palestino registrou as imagens, que têm duração de um minuto e foram divulgadas no canal do Hamas no Telegram com legendas em inglês e árabe. “Vocês têm que nos libertar daqui. Não importa o custo. Não queremos ser vítimas como resultado direto dos ataques aéreos. Libertem-nos sem condições. Não nos deixem envelhecer aqui”, disse Peri. (Times of Israel e UOL) |