Descriminação
Trabalhador chamado de ‘nordestino cabeçudo’ por chefe xenofóbico será indenizado em Minas
Um ex-empregado, vítima de ofensas xenofóbicas por parte de um colega de trabalho, deve ser indenizado por danos morais. A decisão, publicada nesta quarta-feira (01/02), é da juíza Vaneli Cristina Silva de Mattos, titular da 1ª Vara do Trabalho de Uberaba do Triângulo Mineiro. As informações são da Itatiaia.
O trabalhador disse que era constantemente insultado na frente de outros empregados. Ele contou que o que o chefe o chamava constantemente de “burro, jumento, inútil, imprestável”, além de dizer frases do tipo “não sei porque ainda trabalha aqui”, “nortista cabeçudo”, “nordestino é tudo burro” e “moleque ruim de ‘trampo”.O homem ainda sustentou que era humilhado por conta de seu sotaque.
Diante das colocações, por sua vez, a empresa junto de sua defesa negou as alegações do denunciante.
Para a magistrada, ainda que todos os fatos alegados não tenham sido provados, não há dúvida de que o chefe o maltratava.
“Esses tratamentos reiterados agrediram a personalidade, a dignidade, a integridade moral do autor, degradando o clima social, com o fim de afastar o empregado das relações profissionais”, destacou.
Portanto, a juíza decidiu condenar a empresa à reparação por danos morais. A indenização foi estipulada no valor de três vezes o último salário contratual. Entretanto, o TRT-MG não divulgou o valor.
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