Titular volta ao Cruzeiro, que pode ter novidades contra o Boca pela Sula; veja opções

Técnico Fernando Seabra poderá mudar duas posições na defesa, com volta de João Marcelo e possível retorno de Marlon

O técnico Fernando Seabra mudará o time titular do Cruzeiro para o confronto com o Boca Juniors-ARG, nesta quinta-feira (15), às 21h30 (de Brasília), na Bombonera, pela ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Com informações de Itatiaia.

Para o duelo na Argentina, o treinador deve alterar pelo menos uma posição, já que ele contará com o retorno do zagueiro João Marcelo. O defensor ficou fora no empate em 0 a 0 com o Atlético, nesse sábado, no Campeonato Brasileiro, por suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

Liberado para jogar, João Marcelo deve voltar a fazer dupla com Zé Ivaldo na zaga cruzeirense.

Marlon surpreso com a reserva

Quem também pode recuperar posição no time é o lateral-esquerdo Marlon. O camisa 3 não começou a partida contra o Atlético como titular. Kaiki iniciou o confronto.

A decisão de Seabra em deixar Marlon como opção no clássico foi comentada pelo lateral. Ele deixou transparecer surpresa por ter perdido à titularidade na 22ª rodada do Brasileirão.

“Não, eu acho que não sou titular. Se eu fosse titular, eu começaria jogando. A gente tem que estar apto para trabalhar, venho de dois jogos bons”, comentou Marlon em conversa com a Itatiaia, após o empate em 0 a 0 com o Atlético.

Antes do clássico, Marlon havia sido titular nos três dos últimos quatro jogos do Cruzeiro. Ele começou em campo contra o Corinthians, Botafogo e Fortaleza. Por opção do treinador, ficou na reserva no clássico do último sábado.

“Em uma conversa com o treinador ele denominou que não tinha agrado minha performance (contra o Fortaleza), por isso jogou o Kaiki, que vem trabalhando bem também. Não tem 11 titulares, tem sim um elenco todo titular, você tem que estar apto a jogar”, revelou.

Marlon acabou entrando na partida e ficou 11 minutos em campo. Ele foi acionado por Seabra aos 39 minutos do segundo tempo, quando entrou na vaga de Lucas Villalba. O lateral acabou atuando imrpovisado como zagueiro.

Mudança no ataque?

O atacante Kaio Jorge, um dos reforços contratados pelo Cruzeiro para a sequência da temporada, ganhou a condição de titular. Apesar disso, as atuações do jogador passaram a ser contestadas por parte da torcida.

No clássico com o Atlético, o camisa 9 deixou o gramado no intervalo. O argentino Juan Dinenno entrou para jogar o segundo tempo.

Ao deixar o campo, Kaio Jorge viveu um misto de vaias e aplausos dos torcedores que estiveram no Mineirão.

Mudanças em relação ao último jogo na Sula

O Cruzeiro que enfrentará o Boca Juniors será bem diferente daquele que fez o último jogo na Copa Sul-Americana, no dia 30 de maio, na 6ª rodada do Grupo B. Tudo pela inscrição dos cinco reforços contratados para a sequência da temporada.

No gol, Anderson perdeu a vaga para Cássio. Na zaga, se Marlon voltar ao time, a primeira linha defensiva será a mesma da vitória por 1 a 0 em cima da Universidad Católica do Equador.

As mudanças mais bruscas acontecem do meio para o ataque. Lucas Silva perdeu vaga para Matheus Henrique. Gabriel Veron e Rafa Silva perderam lugar na equipe após Lautaro Díaz e Kaio Jorge chegarem ao clube.

No último jogo na Sul-Americana, o Cruzeiro entrou em campo com a seguinte escalação: Anderson; William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Marlon; Lucas Silva, Lucas Romero e Matheus Pereira; Barreal, Gabriel Veron e Rafa Silva

Preparação para o jogo

O Cruzeiro abriu a preparação para o duelo com o Boca Juniors-ARG nesta segunda-feira (12). O departamento de futebol celeste decidiu não treinar em solo argentino antes da partida. Com isso, Fernando Seabra realizará todas as atividades prévias ao confronto em Belo Horizonte.

Nessa segunda, os trabalhos aconteceram na parte da tarde, na Toca da Raposa II. Os jogadores que atuaram pelo menos 45 minutos no clássico com o Atlético fizeram atividades de recuperação. Os demais estiveram em campo sob orientação da comissão técnica do clube.

Nesta terça-feira (13), o jogadores cumprirão o cronograma de treinos na parte da tarde. Na quarta, dia da viagem à Argentina, os jogadores treinam pela manhã para viajarem em voo fretado ao país vizinho.

Na sexta-feira (16), o Cruzeiro treinará na Argentina. A equipe azul só voltará a jogar na segunda-feira (19), contra o Vitória, em Salvador, às 20h (de Brasília), pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Por isso, a comissão técnica de Fernando Seabra marcou mais dois dias de treinos em Belo Horizonte, no sábado e no domingo, depois do jogo contra o Boca Juniors.

Confronto de muita história

O jogo entre Boca Juniors e Cruzeiro tem muita história. O técnico Fernando Seabra tentará, junto de seus comandados, repetir feito alcançado pelo clube há 20 anos, e que apenas dez brasileiros conseguiram: vencer os Xeneizes na Bombonera.

Em 1994, o Cruzeiro venceu o Boca Juniors por 2 a 1, no mítico estádio adversário, em jogo da terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Os gols da vitória celeste foram marcados por Paulo Roberto e Roberto Gaúcho. Beto Acosta descontou para os argentinos.

Na época, o time era comandado pelo técnico Ênio Andrade, e tinha Ronaldo no início da carreira, no grupo de jogadores.

Brasileiros que venceram o Boca na Bombonera

Além do Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, São Paulo, Santos, Botafogo-SP, Paysandu, Inter, Fluminense e Palmeiras venceram o Boca na Bombonera.

A maioria das vitórias brasileiras na Bombonera aconteceu em amistosos. No entanto, o Cruzeiro foi o segundo clube do Brasil a vencer o Boca, na casa do rival, em jogo válido por uma competição internacional.

Retrospecto geral

Essa será a 17ª vez em que Boca Juniors e Cruzeiro ficam frente a frente na história. O retrospecto atual do confronto está registrado assim: 16 jogos, seis vitórias cruzeirenses, seis vitórias argentinas e quatro empates.

O time celeste marcou 17 gols, mesma quantidade de tentos assinalados pelo Boca.

A última vez em que os dois clubes se enfrentaram foi em 2018, nas quartas de final da Copa Libertadores. Na partida de ida, 2 a 0 para os argentinos, na Bombonera. Na volta, empate em 1 a 1, no Mineirão.