Abuso Sexual
Suspeito usava app de namoro para se aproximar de mulheres com filhos e cometer abuso infantil
Uma em Belo Horizonte e em outras 10 cidades do interior de Minas prendeu seis suspeitos nesta quarta-feira (18). Quatro deles foram detidos em flagrante por armazenar, compartilhar ou produzir imagens de crianças em situação de nudez ou pornografia. Com informações de Hoje em Dia.
Uma das prisões foi feita na capital. A delegada Cristiana Angelini, da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, conta que o suspeito utilizava aplicativos de namoro para se aproximar das vítimas. Durante a troca de mensagens, ele perguntava se a mulher tinha filhos. “Ele queria se relacionar com mulheres que tinham crianças. O objetivo era filmar essas crianças”.
Outro preso é um homem de 34 anos, suspeito de abusar sexualmente da enteada de apenas 2 anos, em Bambuí, no Oeste do Estado. “O suspeito estava produzindo as fotos dentro de casa, supostamente da enteada, o que causou uma comoção muito grande até para nós, investigadores. A partir das investigações, conseguimos localizar esse alvo e inúmeras fotos foram encontradas nos computadores, tablets e celular”, contou a policial.
A operação também prendeu preventivamente um homem suspeito de abusar sexualmente da sobrinha e da vizinha, ambas de 7 anos. A cidade onde ocorreu essa prisão e detalhes das demais ocorrências não foram repassados.
O chefe da Delegacia de Crimes Cibernéticos da Superintendência da Polícia Federal (PF) em BH, Igor Cedrola, contou que 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Durante a operação foram apreendidos computadores, celulares e dispositivos de armazenamento (pen drives e HDs externos) que serão analisados. As autoridades investigam ainda se os alvos fazem parte de uma rede e se são casos isolados.
Segundo os investigadores, o compartilhamento, produção e armazenamento de imagens de nudez ou que remetam a exploração sexual têm penas de quatro a seis anos. Já para estupro de vulnerável são 15 anos.
“A internet sempre deixa rastros. Cada vez que o suspeito acessa uma rede, ele deixa um rastro. Ele deixa um endereço eletrônico (IP) e os programas utilizados para acesso dessa rede deixam uma marca característica do usuário. É com isso que a gente alcança eles. (…) Eu entendo que toda pessoa que procura esse tipo de arquivo na internet é um abusador, porque uma criança passou por alguma exposição. Ele está se aproveitando da situação de uma criança que está vulnerável”, concluiu o delegado da PF.
Todos os suspeitos presos foram encaminhados para as delegacias regionais. As investigações continuam e não tem prazo para conclusão.