Policial
Suspeito de matar segurança com soco inglês, em Divinópolis, nega crime
Testemunhas que prestaram depoimento à Polícia Civil disseram que o suspeito estava sem a credencial de camarote e se revoltou ao ser impedido pelo segurança de entrar no local
O empresário de 32 anos, suspeito de matar o segurança Edson Carlos Ribeiro, de 42 anos, durante um evento no fim de semana em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas, prestou depoimento à Polícia Civil e negou o crime. A informação foi repassada por meio de coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27).
De acordo com o delegado Renato Alves da Fonseca, apesar do homem ter negado envolvimento, três testemunhas confirmaram que foi ele o agressor que culminou na morte. “As testemunhas disseram que o atrito se deu em virtude do investigado não ter acesso a credencial do camarote e quando foi impedida sua entrada pela vítima, ocorreu o atrito entre eles e o autor deu um soco na face da vítima”, detalha o delegado.
O suspeito foi preso e está no sistema prisional à disposição da Justiça. Ele passou por uma audiência de custódia neste domingo (26) em que foi decretada a prisão preventiva dele. De acordo com o boletim de ocorrência, o segurança chamou a atenção do suspeito e ele não gostou e agrediu a vítima com um soco inglês.
“Ele confirma que estava no evento e nega que tenha tido qualquer atrito com a vítima e que a tenha agredido fisicamente. Inclusive nega que tenha usado soco inglês. Ele fala que realmente estava participando da festa e que teria autorização dos responsáveis para o acesso ao setor de camarote”, complementa o delegado.
Segundo o delegado, mais testemunhas da festa e a equipe de segurança também serão ouvidas. “Inicialmente houve uma agressão com lesão corporal seguida de morte. A pena é de 4 a 12 anos de prisão. Inicialmente a pena dele foi tipificada dessa forma até porque não havia outros elementos que indicassem que ele queria causar a morte do indivíduo”, informou o delegado.
Segundo ele, se, durante as investigações, houver outros elementos que indiquem que ele queria, de fato, matar o segurança, como por exemplo, algum atrito anterior, o suspeito pode responder por homicídio.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, nenhuma testemunha e nem os policiais militares flagraram comentários racistas do empresário em relação à vítima. As investigações continuam.