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Surto: 13 casos de conjuntivite já foram notificados em Nova Serrana

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Em matéria divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde, Minas Gerias vive uma crescente quanto aos casos de conjuntivite registrados que coloca Nova Serrana em estado de alerta.

Segundo divulgado pela Secretaria Estadual entre o dia 1º de janeiro e 6 de março foram notificados 48 casos da doença, destes 25 estão no Centro-Oeste, nas cidades cobertas pela Regional de Saúde de Divinópolis, sendo 24 em São Gonçalo do Pará e um em Dores do Indaiá.

Os números da SES no entanto não são reais e a situação pode ser mais grave do que se imagina. A cidade de Nova Serrana por exemplo não teve seus dados computados no sistema, e a exemplo da capital do calçados outros municípios também devem ter seus casos sem serem notificados no sistema do estado.

De acordo com o relatório encaminhado pela Secretaria Municipal de Saúde de Nova Serrana, neste ano foram registrados 13 casos da doença.

Segundo a própria SES as prefeituras não são obrigadas a informarem o Governo de Minas sobre casos de conjuntivite e que outras ocorrências podem ter sido enviadas para o órgão depois da última data de atualização.

Como agir em caso de suspeita

Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Glaucia Sbampato, o número de casos registrados em Nova Serrana está dentro do esperado pela secretaria.

A secretária reforça no entanto que muitos não notificam e nem procuram as unidades de saúde para obterem um tratamento adequado, o que é um risco devido ao alto grau de contágio da doença. “A conjuntivite é uma doença altamente contagiosa, aqueles que perceberem os sintomas em seus filhos ou até mesmo em si próprios devem procurar os Postos de Saúde da Família, para que o médico observe o grau de acometimento da doença e assim determinem o tratamento e medicamentos adequados”, pondera a secretária.

Glaucia reforça ainda do risco de se manter a rotina normal estando contaminado com a doença, pelo risco de contágio com pessoas no convívio social. “para se ter uma ideia as mães que tem filhos que são diagnosticados com conjuntivite devem consultar nos postos de saúde para que tanto o filho quanto ela tenham o atestado médico, uma vez que o simples trato com as pessoas que estão contaminadas, podem ser o suficiente para o contagio e propagação da doença”, explica Glaucia.

A secretaria finalizou afirmando que as unidades de saúde da família, os PSF’s estão orientados e preparados para atender a população nesse período que normalmente incide sobre uma maior ocorrência de contagio da doença. “Estamos com os casos notificados dentro do esperado, contudo lembramos a população que caso sintam algum sintoma procurem o PSF mais próximo de sua casa. As equipes de saúde estão capacitadas e foram orientadas quanto aos procedimentos para que todos sejam corretamente atendidos e orientados e assim diminuímos a possibilidade de um surto da doença”, finalizou a secretária de saúde de Nova Serrana, Glaucia Sbampato.

O que é a doença?

A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e também o interior das pálpebras. Pode ser alérgica, viral ou bacteriana. Nos dois últimos casos, é contagiosa.

Quais são os sintomas ?

Coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada (quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e também visão borrada.

A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.

Como é o contágio?

A conjuntivite alérgica acomete mais crianças, não é contagiosa e é provocada pelo ácaro.

A viral e a bacteriana são transmitidas pelo contato com as mãos, secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de piscina, em especial morna e com pouco cloro. Em ambientes fechados e com grande circulação, como escolas ou ônibus, o risco de contaminação aumenta. As duas são diferenciadas somente por meio de exame oftalmológico.

A viral, geralmente, ataca os dois olhos e a secreção é esbranquiçada. A conjuntivite bacteriana dá em um olho só, com secreção mais amarelada ou esverdeada.

Como evitar?

Evite coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência.

Quem estiver doente deve lavar as mãos com frequência, trocar fronhas de travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como delineador e rímel.

Como é o tratamento?

No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. A médica Cristina Dantas recomenda o uso de compressas frias ou geladas e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar.

Para a bacteriana, o tratamento é com colírio antibiótico. É recomendado lavar os olhos e fazer compressas de água gelada, filtrada e fervida, ou soro fisiológico. Nos casos mais graves, a córnea pode ser perfurada.

A conjuntivite alérgica é tratada com colírio antialérgico. No caso das crianças, a médica alerta para necessidade do tratamento, pois as chances de uma úlcera ou ferida na córnea são maiores.

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