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Educação

Sociedade Mineira de Pediatria diz não ser factível agendar volta às aulas

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Posicionamento é publicado após grupo de pediatras pedir retorno às atividades presenciais nas escolas

Nesse sábado (5), a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP) emitiu uma nota de posicionamento sobre o retorno à aulas presenciais em Minas Gerais em meio à pandemia de Covid-19. O documento destaca o prejuízo educacional e psicológico que a suspensão das atividades presenciais ocasiona em crianças e adolescentes, mas lembra que o retorno às aulas depende da situação epidemiológica do Estado e dos municípios e que, assim, não é factível agendar uma data de retorno, já que os números da pandemia são dinâmicos. Na última semana, um grupo de pediatras se mobilizou para pedir o retorno das aulas.

Alguns locais anunciam possíveis datas de retomada das atividades presenciais, como Varginha, no Sul de Minas, que levanta a possibilidade de uma volta no dia 1º de fevereiro de 2021. O Ministério da Educação também tentou estabelecer uma data para as aulas presenciais em instituições federais retornarem. Um decreto publicado na última semana prevê retorno no dia 4 de janeiro, mas, após críticas de reitores de federais, pode ser revogado, segundo entrevista do ministro da Educação ao canal CNN Brasil.

A nota da SMP destaca que países de alta renda que já têm aulas presenciais foram bem-sucedidos no controle de surtos, em geral, mas que as experiência de países de baixa e média renda ainda estão começando a ser publicadas.

Um dos maiores problemas de reabrir as escolas, ressalta o grupo, não é que as instituições se tornem disseminadoras do vírus na comunidade, mas que, em locais onde a circulação do vírus é alta, a saúde de alunos e funcionários fique em risco nas salas de aula.

“As evidências atuais disponíveis sugerem que os fechamentos e creches e instituições de ensino não são uma medida de controle única e eficaz para conter a transmissão comunitária de Sars-CoV-2. Porém, se as escolas são reabertas na situação de elevadas taxas de transmissão comunitária ou número ascendentes de casos na localidade, o surto de casos novos é esperado em ambiente escolar. Várias pesquisas convergem para a importância do controle da doença na comunidade para proteger os alunos, os profissionais da educação e funcionários da escola em ambientes educacionais”, diz, na nota.

Ela lembra que um dos parâmetros recomendados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) para um retorno seguro é uma média menor que 20 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. É a métrica utilizada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por exemplo. O número nunca foi alcançado pela capital, que mantém as escolas fechadas.

A SMP pede que haja planejamento entre os setores educacionais e de saúde para o retorno das atividades escolares, mas lamenta que, em Minas Gerais, note-se um aumento nos números da pandemia nas últimas duas semanas. Leia o documento na íntegra aqui.

  • Fonte: O Tempo
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