Economia
Setor de franquias cresce mais em Minas que a média nacional
Mercado no Estado avançou 16,2% no primeiro semestre, com faturamento de R$ 10,65 bilhões; no País, expansão foi de 15,8% e receita de R$ 121,766 bilhões
O franchising mineiro segue tendo o que comemorar. Levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Franchising Minas Gerais (ABF) revela que o mercado de franquias no Estado cresceu 16,2% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, com o faturamento atingindo a marca de R$ 10,65 bilhões, contra R$ 9,16 bilhões, em igual período. Ao mesmo tempo, o balanço nacional registrou crescimento de 15,8% e faturamento de R$ 121,766 bilhões no semestre passado. Com informações de Diário do Comércio.
Os resultados das franquias em Minas Gerais seguem em linha com os números alcançados no ano passado. Em 2023, o crescimento foi de 21,7%, com o faturamento atingindo a marca de R$ 21 bilhões, contra R$ 17,25 bilhões em 2022. O avanço do mercado mineiro foi bastante superior ao crescimento nacional, que registrou R$ 240,661 bilhões e variação nominal de 13,8% em relação a 2022.
Os segmentos com maior variação em faturamento, em Minas Gerais, foram: Alimentação (food service), com 34,5%; Casa e Construção, 22,4%; e Entretenimento e Lazer, 21,5%.
Já no número de operações no Estado, o destaque vai para Casa e Construção, que cresceu 19,6%; seguido por Alimentação (food service), com 15,4%; e Serviços Automotivos, 10,3%. Decresceram: Serviços e Outros Negócios, com uma queda de 1,7%, e Saúde, Beleza e Bem-estar, com – 3,1%.
Para o diretor-regional da ABF Minas, Antônio Bortoletto, o crescimento das franquias em Minas se mostra sustentável ao longo do tempo.
“Os números mostram que a economia do nosso Estado voltou de forma abundante também no quesito investimento. O crescimento do franchising no Brasil e em Minas não é voo de galinha, ao contrário, é constatação do fato. Mais uma vez crescemos acima da média nacional. O segmento de Casa e Construção foi, de certa forma, uma surpresa, voltando ao topo, depois de cair no período da pandemia. Alimentação e Serviços seguem com ótimos resultados, demonstrando que o momento econômico é muito bom e que existe confiança no futuro”, explica Bortoletto.
Cada unidade franqueada origina, em média, nove empregos diretos. No Brasil, no final do semestre passado, eram 1,674 milhão de postos de trabalho diretos. Desse total, as franquias mineiras foram responsáveis por 150,13 mil empregos diretos e registraram 5,3% de crescimento. Destaque para os setores de Casa e Construção, o que mais cresceu, com 21,4%; seguido por Alimentação (food service), com variação de 17,1%. As quedas foram em Serviços e Outros Negócios, com menos 0,3% no número de postos de trabalho direto e Saúde, Beleza e Bem-Estar, que ficou 1,7% menor, ambos acompanhando o registrado em relação ao número de unidades no Estado.
“Tivemos um desempenho geral muito bom e, embora os números não tragam esse nível de detalhe, posso dizer que esse resultado está muito ligado à força do interior. A economia caminha no sentido das cidades menores que estão enriquecendo. A pandemia levou muita gente de volta ao interior e essas pessoas querem consumir. O interior do Brasil e, especialmente de Minas, é um campo de oportunidades para as franquias”, aponta o diretor regional da ABF Minas.
Segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar segue liderando setor de franquias em Minas Gerais
O segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar, embora tenha sofrido uma leve retração no número de unidades (-3,1%) e, consequentemente, no número de empregos gerados (-1,7%), no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, segue na liderança do setor de franquias em Minas Gerais.
O segmento responde por 25,2% do faturamento do setor de franquias em Minas, somando R$ 2,7 bilhões no primeiro semestre de 2024, totalizando um crescimento de 16,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Com 350 unidades, a Royal Face – franquia de harmonização facial criada em Curitiba (PR) – tem 42 unidades em Minas Gerais. Segundo a gerente de Expansão da Royal Face, Patrícia Rocha, o Estado é fundamental na estratégia de expansão da marca que foca em cidades a partir de 50 mil habitantes.
“Somos a maior rede de harmonização na estética facial do Brasil. Trabalhamos com a democratização dos procedimentos. Minas Gerais tem um papel importante no nosso crescimento. Hoje, 12% das unidades estão no Estado e queremos manter essa média. O Estado tem um público que se cuida e tem forte presença na classe C”, destaca Patrícia Rocha.
A empresa oferece dois formatos de franquia: o standard, com uma sala de procedimentos e investimento médio de R$ 270 mil, e o premium, com duas salas de procedimentos, e investimento médio de R$ 350 mil.
A inauguração mais recente no Estado aconteceu em julho, na cidade de Nova Serrana (região Centro-Oeste) e as próximas estão previstas para janeiro de 2025, em Campo Belo (também no Centro-Oeste) e Manhuaçu, na Zona da Mata.
“Gostamos de trabalhar com franqueados operadores, que ficam na operação. Isso tem muito a ver com o perfil do empreendedor mineiro e faz com que a nossa expansão pelo Estado seja facilitada”, completa a gerente de Expansão da Royal Face.