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Segurança – oportunismo – PL 026/2020 – Chefe e líder

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SEGURANÇA – OPORTUNISMO – PL 26/2020 – CHEFE E LIDER

Trata-se por pandemia, a proliferação de uma ou mais doenças infecciosas, que se propaga por uma população localizada em um grande território ou mesmo por todo planeta. Nos últimos meses, temos vivido tempos de apreensão e ânsia por dias melhores. A busca de pesquisadores pela cura definitiva, além da urgência em salvar vidas a carência sentida por cidadãos de um mundo inteiro que deseja retomar as suas práticas diárias. O desejo pelo fim do confinamento é iminente e necessário, se vislumbrado do ponto de vista psicológico. A volta ao trabalho e o consequente rendimento pelo seu labor se torna determinante, quando analisado o equilíbrio financeiro e suas necessidades materiais.

SEGURANÇA

Se o desejo do cidadão e especialmente do empresariado e governo é de que os trabalhos sejam retomados, as medidas de segurança adotadas até o momento não tem demonstrado efetivamente ser tão seguras. Metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro ter um índice de infestação superior a outros grandes centros no país nos parece até compreensível, porém desperta atenção quando percebemos que regiões do norte e nordeste tem demonstrado números que superam outras regiões, talvez por não terem considerado o potencial do inimigo ou implementarem medidas eficazes a tempo hábil.

TÉCNICO 

Recentemente, em um choque de posicionamentos técnico e político, assistimos a demissão pelo Presidente Jair Bolsonaro do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que além de político tem perfil técnico. Conhecedor de que o país não possui estrutura de saúde suficiente para atender um elevado número de demandas em um mesmo momento, Mandetta, enquanto Ministro da Saúde, sempre se pautou por seguir as determinações da OMS, basicamente pelo isolamento social, sem muitas expectativas para o retorno das atividades comerciais.

POLITÍCO

Já o Presidente Jair Bolsonaro, com visão mais política, em seus pronunciamentos, basicamente exigia a adoção de medidas diversas as até então tomadas, de forma especial a reabertura do comércio em geral. De acordo com o Presidente a pandemia vivida trata-se de uma gripezinha ou mesmo um resfriadinho, assumindo que algumas mortes poderiam ocorrer, mas que com a manutenção do isolamento total da população, que a fome poderia matar mais que o Covid-19.

OPORTUNISMO

É possível se perceber neste momento de pandemia, oportunistas se utilizando do momento para se auto promover. Enquanto a fala técnica tem sido deixada de lado, a sensação é de que as eleições gerais de 2022 parecem estar tão próximas quantos as eleições de 2020. Fala destoada, insistente, cansativa e às vezes aterrorizante e nada instrutiva tem ecoado por todos os cantos dos solos tupiniquins, em alto e bom som.

MORO X BOLSONARO

Já no outro duelo, entre o mesmo Bolsonaro e o ex-ministro e ex-juiz federal Sérgio Moro, o choque entre o imperialismo e seu subordinado restou evidente. Moro de perfil muito técnico (há quem aposte que tem outras pretensões), se tornou conhecido por conduzir a operação lava jato, o que culminou na prisão do ex-presidente Lula. Convidado por Bolsonaro para dirigir o Ministério da Justiça, que de acordo com Moro só aceitaria se tivesse carta branca para trabalhar, o que foi aceito. Porém no decorrer dos tempos, de acordo com o ex-ministro, em seus trabalhos estaria havendo interferências do palácio do planalto que fugia de suas competências originarias, não restando outra sorte a Moro que não o pedido de demissão.

VERDADE X NECESSIDADE

Pelos fatos recentemente ocorridos, é perceptível que os ministros que deixaram o governo e que aparentemente prestaram um bom trabalho, sofreram forte pressão pela forma como conduziam seus trabalhos, que a longa distância nos faz crer que não se coadunavam com os desejos do Presidente ou com a legalidade das ações. A observação sobre a postura e medidas tomadas pelos sucessores nomeados, podem nos fornecer bons indícios de quem realmente dizia a verdade.

IMPÉRIO

A Câmara municipal de Nova Serrana, neste mandato, salvo em alguns curtos períodos, tem se tornado uma atração nas rodas de conversas e redes sociais de grupos de debates políticos na cidade. Por um tempo considerada forte opositora ao executivo municipal em outro uma extensão das secretarias municipais. Entre licitações mal esclarecidas, afastamento de vereadores, pagamento de vereadores afastados, crimes de nepotismo, agora parece conviver na época do império.

PL 26/2020

O polêmico projeto de lei 26/2020, que popularmente ficou conhecido com a “catira da rua”, em síntese se tratava da desafetação e permuta de áreas com um empresário do ramo imobiliário local. Pela situação, o PL era tratado como “a menina dos Olhos”, já pela oposição, o mesmo era tido com desconfiança, demonstrando que poderia favorecer o permutante e trazer pouca resolutividade ao trânsito local, como proposto. O PL que deu entrada no dia 03/04/2020, foi alterado por um substitutivo e levado à votação plenária em 22/04/2020 sob forte rejeição e desconfiança, tanto de cidadãos como de parte do legislativo municipal.

TOQUE DE CAIXA

Como se percebe pelo pouco prazo de análise do referido projeto, o mesmo quando ainda em estudos em suas comissões temáticas, teve pedidos de vista e diversos outros enfrentamentos negados, tanto pelo vereador que presidia a reunião conjunta de comissões como pelo presidente do legislativo em sessão plenária, deixando claro o desejo que o mesmo fosse votado com a maior celeridade possível, sobrepondo regimento interno, lei orgânica e prerrogativas dos legisladores do município.

ATO FALHO

Há um ditado que diz que “quando se começa mal, termina-se mal”. Seguindo a regra, a catastrófica reunião ordinária em que o projeto fora levado à votação, só poderia terminar mal. Sendo necessária a maioria absoluta para sua aprovação, com apenas seis votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção (como não houve empate o presidente neste tipo de projeto não vota). Desconsiderando a questão de ordem suscitada pelos vereadores Professor Willian Barcelos e Zé Alberto, desprezando o auxilio jurídico, e ao arrepio da lei, mesmo detentor de quatro mandatos legislativo, o que se presume por uma vasta experiência no cargo, inclusive em situações desconfortáveis, foi declarado pelo presidente do legislativo municipal que o projeto havia sido aprovado.

VOLTAR ATRÁS

Passado uma semana, após ser tomado pelo desejo e possivelmente pela cobrança para que o projeto fosse aprovado, com mais calma e melhor reflexão e possível orientação jurídica, decidiu o vereador presidente Sr. Ricardo Tobias por rever seu posicionamento. Logo na abertura da ultima reunião ordinária, explanando sobre o tema, o mesmo projeto que antes havia sido declarado aprovado, foi declarado rejeitado, conforme prevê artigo 15 da lei orgânica municipal.

CHEFE E LÍDER

O chefe é uma pessoa que comanda um grupo, um departamento ou uma organização e que dá ordens. É investido de poder para a tomada de decisões e é procurado para a solução de problemas. O líder também está à frente de um grupo, departamento ou organização. Porém, suas ações visionárias influenciam positivamente o comportamento das outras pessoas para que os resultados sejam alcançados da melhor maneira possível e atenda a toda coletividade. Muitos confundem as duas palavras, pois ambas são posições de poder. No entanto, um chefe e um líder têm grandes diferenças, especialmente quanto aos anseios. Estas distinções estão geralmente ligadas ao modo como cada um exerce o seu poder dentro do grupo. Esteja atento.

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