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Se não vigiar, até os galos chocam os ovos!

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Com o fim das convenções e com a homologação dos nomes daqueles que disputarão vagas nos poderes legislativo e executivo municipais, estará aberto mais um período de eleições.

Eleição que promete ser bem atípica esse ano, em função da pandemia de Covid-19. A pandemia já alterou as datas do pleito, que agora ocorrerá nos dias 15 e 29 de novembro, essa última em caso de haver segundo turno.

Sem poder aglomerar, o popular corpo-a-corpo com o eleitor ficará comprometido. Com isso a campanha tende a ser ainda mais digital e é nesse meio que as grandes polêmicas são geradas. Seja pela proliferação de fake news – que já começaram –, no uso de robôs ou de militantes digitais que são usados tanto para defender como para atacar um dito candidato.

O grande problema dos que se apropriam do marketing digital eleitoral está no seu uso incorreto. Preocupa-se muito mais em denegrir do que de fato apresentar propostas e plataformas de governo. Apesar de utilizarem peças criativas, as estratégias são mal-elaboradas.

Isso tanto é verdade que tem candidato preocupado em “aparecer” só agora para o eleitor. Candidato que não soube aproveitar o período de pré-campanha para causar empatia, e que a partir de agora entupirá o ambiente digital e as redes sociais de toda sorte de postagem pedindo voto.

É candidato fazendo cara de mal e dizendo que ninguém presta, só ele. É candidato folclórico desses que chutam o balde, gritam ou só fazem graça. Candidato bonzinho – todo engomadinho – que fica quatro anos sem ver pobre e agora corre para fazer uma selfie e postar nas redes sociais com a hashtag: homem do povo.

Esses e outros tantos tipos de candidatos estão atrás de você. Querem te convencer de que são “capazes”. Se o mundo digital aceita tudo ou quase, ele é, também, uma ferramenta para o eleitor. Lá temos registros de toda ordem. Dos candidatos e suas promessas, bem como sua postura na política e na vida cotidiana. Basta dar uma boa checada nessas informações para ver quem deve ser realmente levado a sério.

De acordo com o portal G1, nas eleições de 2018 o percentual de abstenção foi de 20,3% em todo o território nacional. Isso significa que entre todas as pessoas que estavam aptas a votar, quase 30 milhões não foram às urnas. Para especialista – além do descrédito com a atual política, bem como pela travessia numa pandemia – esse percentual pode ser até maior.

Então é isso, as cartas, ou melhor, as opções, estão sendo postas à mesa. Resta, agora, fazer a escolha mais consciente e não se iludir com discursos.

Uma coisa que não cola mais, por exemplo, é falar em nova ou velha política e atrelar isso a jovens ou velhas raposas políticas. Muitos que foram eleitos nas últimas eleições estão enfrentando seus problemas na Justiça.

A boa política está atrelada à conduta de vida do político e à fiscalização de quem elege. Se não vigiar, até os galos chocam os ovos. Só para chamar de seus.

Parece piada, mas não é.

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