Cidade

Saúde alerta sobre risco de Divinópolis migrar para a onda vermelha

Publicado

em

Com o ritmo de contágio em 1,14, a Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, sinalizou, nesta quarta-feira, 09 de dezembro, risco de a cidade migrar para a “onda vermelha” do programa Minas Consciente. Na fase mais restritiva, apenas os serviços essenciais poderão funcionar.

O tom de alerta engrossou desde o último final de semana. Após bater recorde de notificações e confirmações da COVID-19 em novembro, nos primeiros dias de dezembro os números dispararam.

“Desde que a pandemia começou, nós nunca tivemos uma incidência tão alta. Semana passada tivemos 288 novos casos”, afirmou a coordenadora de Vigilância em Saúde, Janice Soares. A média de casos confirmados está em 35, 78,2% a mais do que o mês anterior. Além disso, o que também preocupa é o avanço das internações.

Dois hospitais particulares atingiram 100% de ocupação dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no final de semana. “Se esses indicadores continuarem do jeito que estão, da semana passada até esse final de semana, em que a ocupação dos hospitais estava alta, há a possibilidade de ir para a onda vermelha e não é isso que nós queremos. Precisamos trabalhar agora para permanecer na amarela e depois a gente ir para a verde”, destacou Janice.

Nesta quarta, a taxa de ocupação na saúde suplementar está em 61,1%, ou seja, considerando as quatro unidades da cidade. Já no Sistema Único de Saúde (SUS) este índice é menor, 36,7%. Ao todo, somando saúde pública e suplementar, 33 pessoas estão internadas em UTI’s.

Já na “onda amarela” desde a semana passada, o município recuou em algumas flexibilizações. Eventos e cultos só podem ser realizados para no máximo 30 pessoas. Músicas ao vivo em bares e restaurantes estão suspensas. Apenas as 22 escolas já autorizadas e em funcionamento podem manter as atividades presenciais, as demais precisam aguardar o retorno para a onda verde.

Só essas medidas não são suficientes para conter o avanço do vírus. A Semusa está cobrando conscientização coletiva. “Temos que pisar no freio agora, aumentar o distanciamento, ficar mais alerta, evitar as aglomerações, para controlar e não ir para a onda vermelha”, alertou a coordenadora.

Relaxamento

Sem responsabilizar segmentos, o secretário de saúde Amarildo de Sousa atribui ao relaxamento das medidas de prevenção e aos descumprimento das normas sanitárias o avanço da doença. “Ele não é apontado para um único segmento. Os fatores são apontados para o comportamento da população. Observamos um aumento exponencial de festas clandestinas em sítios, de difícil localização (…) E também a diminuição do uso de máscaras nas vias públicas”, explicou.

A preocupação a partir de agora é com as festas de final de ano. No sábado a Vigilância Sanitária emitiu nota recomendando que as confraternizações sejam virtuais. Hoje, voltou a fazer o apelo, porém para os cuidados caso os encontros ocorram. “Não vamos deixar de usar máscaras, não vamos ficar próximo a menos de 1,5 metro das pessoas”, orientou a coordenadora. Janice voltou a destacar o sinal vermelho. “Está muito preocupante, principalmente na rede privada”, citou.

Segundo a coordenadora, as últimas notificações e resultados de exames que têm engrossado os índices são de laboratórios particulares.

Vacina

Ainda sem previsão para início, o município está se preparando para a vacinação. O plano deve ser apresentado até janeiro à Secretaria de Estado de Saúde (Ses). “O governo estadual fez uma reunião com o município e temos até janeiro para apresentar nosso plano. Ele está sendo construído. O governo estadual deu algumas diretrizes para ele, para organizar a rede de frio, adquirir insumos, freezers, organizar o RH para fazer a aplicação, capacitação com os servidores e isso já estamos trabalhando”, explicou Janice. Seringas e quatro freezers já foram licitados.

Fonte: por Amanda Quintiliano –  EM

Tendência

Sair da versão mobile