Editorial - Opinião sem medo!
Saudade do que a gente já viveu!
Na última terça-feira, dia 23 de fevereiro, este Popular, assim como faz há anos, esteve presencialmente na Câmara de Nova Serrana, conferindo nos bastidores e corredores da casa legislativa todos os fatos da política municipal.
Ao acompanhar a reunião, foi inevitável a lembrança da legislatura passada, e em um sutil lampejo passamos a sentir na verdade saudade do que já vivemos na política e consequentemente em nossa cidade.
Não podemos ser levianos e deixar de ressaltar que o trabalho do nosso novo legislativo é recente, mas de forma geral, a cidade de Nova Serrana, está neste momento às mínguas em vários sentidos e vamos mostrar isso aqui neste editorial.
Para começar vamos dar uma volta pelas ruas da cidade. Que saudade do período eleitoral, onde a cidade era limpa, bem pintada, com máquinas fazendo obras em todos os cantos; que saudade daquela cidade que agora parece estar jogada às traças.
As ruas esburacadas parecem que foram largadas no tempo; barro, terra, poeira e lama em todos os cantos da cidade.
Os lotes não veem uma limpeza já faz tempo, e claro nossos políticos, também já tem um tempo que não dão a cara à tapa.
Que saudade da discussão sobre a Copasa; a empresa que sairia com pau na moleira sequer hoje é protagonista das discussões e os trâmites correm na justiça como se os problemas tivessem sido jogados ao limbo, como se a falta de água ainda não fosse um tormento semanal, para não dizer diário, para populares de nossa cidade.
Ao olhar para a Câmara e ver Guilherme Bueno como vereador, e até mesmo o ilustre Dué, dá até uma saudade da secretaria de esporte da gestão passada. Nada contra o atual secretário, que tem feito das tripas o coração, mas ao ver que um professor de um projeto que atende a tantas crianças se torna um problema em uma prefeitura inchada como a nossa, traz inevitavelmente uma saudade dos discursos durante o período de eleição.
Se tratando de discursos temos propriedade para falar como ninguém afinal, realizamos duas rodadas de entrevistas e dois debates, e ao ver a cidade de hoje, inevitavelmente sentimos que não é o mesmo lugar daquele que era enaltecido durante a eleição.
Por falar em Câmara e em secretaria de esporte, um vereador suplente que foi completamente irrelevante para a cidade, a ponto de não ser sequer reeleito, agora é um dos figurantes na administração municipal.
Dai bateu aquela saudade do Jadir Chanel, de quando o mesmo tinha culhões para na Câmara levantar um cabide e falar sobre a quantidade de cargos sendo preenchidos por gente descapacitada. Agora Jadir só faz lobby político, com discurso vazio tentando mostrar que sabe da política nacional e estadual, sabe-se lá com qual interesse.
A educação vai bem, obrigado! Ouvimos muito sobre isso na campanha. Tão arrogante quanto os marqueteiros que fizeram tal afirmativa. Mas com os atuais índices do Ideb, será que é possível manter a premissa?
Tivemos inclusive saudade na última reunião dos tempos onde se tinha vereador com coragem de bater na mesa. Agora os da oposição, rasgam o verbo numa semana, dizendo que não tem troca de favores e depois com o rabinho entre as pernas, talvez por um cargo pedido, ou sabe-se lá qual motivo, pede pinico sem o chefe da cidade nem bater pé ou falar mais alto.
Seguindo falando sobre o legislativo, acreditamos que o prefeito olhou para sua atual base e sentiu uma saudade da legislatura passada. Afinal anteriormente o líder do governo votava no projeto do executivo e ponto final. Agora a sua base, talvez sem saber bem o que está fazendo, vota contrário aos interesses do próprio senhorio e isso pode culminar em problemas sérios para a arrecadação do município.
Antes tínhamos uma Câmara com uma base que votava baseado no raciocínio do executivo, agora, temos uma base que independente do raciocínio do executivo, tremeu nas bases diante de um simples debate de 30 minutos, com poucos argumentos e nenhuma alfinetada ou xingamento.
Ninguém comentou isso ainda, mas, difícil seria ver os vereadores votarem positivo a uma pauta que tira dinheiro dos seus bolsos. É muito pouco é claro, mas, de tanto pingar um dia vai molhar.
Para finalizar não podemos deixar de ressaltar que mais uma vez a desculpa do legislativo foi esconder atrás do interesse popular, e essa desculpa é tão velha que alguns dias atrás, um bode expiatório tentou fazer a catira do brejo se tornar um bem popular. Agora, a estratégia foi falar que o servidor não pode ser penalizado pela pandemia, sem ao menos reforçar que a pancada também sairiam dos porquinhos (cofrinhos), dos nossos ilustres eleitos e contratados após o pleito municipal.