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Rumo ao plano C: Cruzeiro segue à procura de treinador após recusas de Lisca e Felipão
O Cruzeiro caminha rumo ao “plano C” na busca por um técnico para o lugar de Ney Franco, demitido após o empate por 0 a 0 com o Oeste, nesse domingo, na Arena Barueri, pela 15ª rodada da Série B.
O primeiro contato por um substituto foi feito ainda com o antigo treinador no comando, na última sexta-feira. O “plano A” era Lisca, do América.
Conforme noticiou o Superesportes, o treinador agradeceu ao convite, mas preferiu continuar no clube pelo qual faz bom trabalho em 2020, com 16 vitórias, 11 empates e cinco derrotas em 32 jogos.
Lisca deu sua palavra a Marcus Salum, presidente do Coelho, de que seguiria no Lanna Drumond. Ele demonstrou gratidão pela oportunidade de conduzir um trabalho desde o início da temporada, deixando para trás o rótulo de “apagador de incêndio”.
A Raposa, então, partiu para o “plano B”: Luiz Felipe Scolari, o Felipão, de 71 anos, que dirigiu o clube de julho de 2000 a junho de 2001.
Segundo a Rádio Itatiaia, Felipão inicialmente se mostrou disposto a assumir o Cruzeiro, mas mudou de ideia e afirmou que não pretende trabalhar no momento.
Pela manhã, o Superesportes entrou em contato com a assessoria de Scolari, que não passou nenhum posicionamento a pedido do próprio treinador e de seu empresário, Jorge Machado.
Em sua passagem pelo Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari obteve 40 vitórias, 23 empates e 12 derrotas em 75 jogos. Ele foi campeão da Copa Sul-Minas de 2001 e semifinalista do Campeonato Brasileiro de 2000.
Sem Lisca e Felipão, a diretoria analisa outros nomes. Dorival Júnior afirmou ao Superesportes que não recebeu nenhum contato do clube. Já o estafe de Tiago Nunes, ex-Athletico-PR e Corinthians, não atendeu à reportagem.
Realidade é brigar contra a Série C
Quem quer que seja o escolhido precisa compreender que o foco neste momento é tirar o Cruzeiro de uma crise que parece não ter fim e evitar uma devastadora queda à Série C.
A sequência de atuações improdutivas, apáticas e desorganizadas afundaram o time na 19º posição da Série B, com 12 pontos. Hoje, a probabilidade de acesso é de apenas 1,1%, segundo o Departamento de Matemática da UFMG.
Times que há pouco tempo eram candidatos ao rebaixamento fazem muito mais que o Cruzeiro na Série B, como o CSA (10º, com 19), que venceu cinco dos últimos seis jogos, e o Sampaio Corrêa (14º, com 17), invicto há cinco rodadas (quatro triunfos e um empate).
Apesar de a realidade escancarar o risco de rebaixamento à terceira divisão, o presidente Sérgio Santos Rodrigues mantém o discurso de confiança no retorno à primeira divisão em 2021.
“Temos no turno mais cinco rodadas, depois um turno inteiro ainda. Continuamos acreditando muito, muito, muito que é possível ainda conseguir fazer isso. Matematicamente é possível”, afirmou, em pronunciamento nesse domingo, no canal oficial do clube no YouTube.
Considerando a projeção de 62 pontos para o quarto colocado, o Cruzeiro precisa somar 51 nas 23 rodadas restantes – quase 74% de aproveitamento. Em 15 jogos, o índice da Raposa é de 40% (cinco vitórias, três empates e sete derrotas).
Fonte: Por Rafael Arruda, Thiago Madureira /Superesportes
Foto: Montagem sobre fotos de Mourão Panda/América e César Greco/Palmeiras