O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado Federal, em eleição realizada nesta quarta-feira (1). Ele derrotou o senador Rogério Marinho (PL-RN), pelo placar de 49 votos a 32.

O senador mineiro continuará no comando da Casa Alta durante os próximos dois anos, até janeiro de 2025. Consequentemente, seguirá como presidente do Congresso Nacional e chefe do Poder Legislativo.

Pacheco foi eleito com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da base aliada do governo. Seu bloco partidário também conta com PSD, MDB, PT, PSB, PDT e Rede Sustentabilidade. Ele ainda obteve a maioria dos votos do União Brasil.

Marinho, seu principal adversário, se colocou como o candidato da oposição, reunindo um bloco com PL, PP e Republicanos. Ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, ele contou com o apoio declarado do ex-presidente.

Apesar de ter sido favorito durante toda a disputa, Pacheco teve de controlar o crescimento da candidatura de Marinho nos dias anteriores à eleição. Senadores do bloco vencedor vinham declarando voto no candidato da oposição, descontentes com a falta de espaço em posições de comando da Casa e com a aliança do presidente com o senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Diante disso, o governo entrou em campo e reforçou as negociações com os senadores, sobretudo por cargos de segundo e terceiro escalões que ainda não foram ocupados dentro dos ministérios.

A composição do restante da Mesa Diretora do Senado será definida em sessão marcada para esta quinta-feira (2), às 10h. O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) deve ser reconduzido ao cargo de vice-presidente da Casa. Também serão eleitos o 1º, 2º, 3º e 4º secretários.

Quem é Rodrigo Pacheco

Nascido em Porto Velho (RO), Rodrigo Pacheco, 46 anos, é graduado em Direito pela PUC Minas. Atuou como advogado criminalista e entrou para a vida política em 2014, quando foi eleito deputado federal pelo MDB de Minas Gerais. Em 2016, foi candidato a prefeito de Belo Horizonte e ficou em terceiro lugar, com 10% dos votos.

Em 2018, pelo DEM, foi eleito senador por Minas Gerais. Em 2021, foi pela primeira vez eleito presidente do Senado Federal. No mandato, manteve relação mais distante do então presidente Jair Bolsonaro, mas fez avançar algumas pautas de interesse do governo, sobretudo na economia. Em abril daquele ano, autorizou a abertura da CPI da Covid após determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do STF.

Já em 2022, filiado ao PSD, foi pré-candidato à presidência da República, mas desistiu do pleito. Durante as eleições de 2022, não declarou apoio a nenhum dos candidatos ao Palácio do Planalto.