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Reunião ministerial, e agora de que lado você está?
Saiu o tão esperado vídeo da fatídica reunião ministerial – parte da citação do ex-ministro Sergio Moro na questão que envolve sua saída – tema complicado de opinar, pois a polarização política trouxe ao Brasil um status de militância política convertido em torcida doentia.
Tudo que é colocado é tratado de forma equivocada pelo outro lado, mas de uma maneira bem analítica e linguajar coloquial vamos aos fatos.
Foi uma reunião a principio para tratar de medidas econômicas pós-crise do Coronavírus, com uma linguagem pesada, servindo-se de muitos palavrões. Cada ministro falou um pouco sobre as questões, em algumas falas foi notório um enorme patriotismo, falas pesadas, análises e possibilidades e bajulação de alguns com o chefe do executivo.
Para iniciar, foi apresentado o Pró-Brasil com uma discussão bem técnica entre Guedes, Rogério Marinho, Militares e Braga Netto guardadas as devidas proporções como a parte intelectual da reunião, tratando sobre as funções do Estado e sua recuperação.
O plano, ainda bem genérico sobre a recuperação em fase inicial, fala sobre a comparação ou não com o Plano Marshall e como a Alemanha se recuperou no pós-Guerra e também comentaram sobre a privatização do Banco do Brasil.
O ministro Tarcísio apresentou seu trabalho, por sinal, foi bem e enfatizou as obras paralisadas, vale frisar um trecho inusitado quando faz uma comparação colocando o então presidente como novo Winston Churchill; o então Ministro Nelson Teich apresenta uma fala curta de menos de 5 minutos sobre a questão da saúde; Ricardo Sales começa a se posicionar, porém tem uma fala infeliz em que disse ser preciso aproveitar a oportunidade que o Governo tem com a Pandemia e ir “passando a boiada” e mudando todo o regramento e simplificando normas.
Vale lembrar que o desmatamento na Amazônia tem crescido muito. Damares também se expôs e cita uma fala polêmica: “A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos.”
A fala de Damares divide opiniões: para muitos, os Governadores como Doria e Witzel têm se aproveitado e têm exagerado nas decisões de limitações; para outros, embasados na decisão do STF, Governadores e Prefeitos têm feito o certo para conter a Pandemia.
Weintraub fez um discurso patriota e, ao mesmo tempo, polêmico com uma menção ao STF: “Brasília é muito pior do que eu poderia imaginar. As pessoas perdem a percepção, a empatia, a relação com o povo, sentem-se inexpugnáveis, eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF.”
Para alguns, uma expressão da verdade sobre Brasília que é um emaranhado da corrupção e, para outros, a fala é um absurdo, uma expressão do exagero e da violação constitucional quando cita o STF, e entendem que o ministro da educação deveria ser punido judicialmente.
Voltando a Moro x Bolsonaro, a parte em análise, Bolsonaro alega que tem serviço de informações particular que funciona mais que o Oficial, fala sobre a perseguição, citando seu irmão, como sendo perseguido o tempo todo. Ele cita: “eu não vou esperar “foder” a minha família toda, senão puder trocar, troca o chefe, troca o ministro.”
Ainda, em outro ponto, ele alega que não recebe informações da PF e dos serviços de Inteligência das forças armadas e em partes da ABIN, e cita: “Eu não posso ser surpreendido e critica o serviço de informação como sendo uma vergonha, e irá interferir, não é ameaça, não é extrapolação, quero governar o Brasil; no momento em que cita em interferência olha diretamente para Sergio Moro.”
Ainda em uma entrevista recente cita: “O tempo todo vivo sob tensão e investigação sobre filhos, onde provas seriam plantadas, ele deixa claro não é defender de corrupção, de dinheiro no exterior, mas para ter tranquilidade para trabalhar.”
Outro ponto de polêmica envolve a fala: “Eu quero todo mundo armado! Que o povo armado jamais será escravizado.” A questão do armamento há quem coloque o Estado como tendo o monopólio da força, e ele é garantido pelas Forças Armadas, sendo inconstitucional falar em armar a população, da mesma forma que, em contrapartida, há quem veja como um direito e uma liberdade nacional o armamento.
É complicado, é uma faca de dois gumes! Apenas o tempo e as investigações nos mostrarão a verdade. Uns dizem que Bolsonaro não agiu com interferência, da mesma forma, outros veem uma clara ação de interferência.
Muito se fala que Moro se sentiu acuado em meio à reunião e também cotidianamente. Seus mais de 20 anos no judiciário, em grande parte, acostumado a delegar ordens, não o colocam como uma pessoa apta a exercer o cargo politico e, com isso, não soube lidar com momentos de subordinação e agiu completamente pelo ego e agora visa a eleições futuras, assim como Bolsonaro, para muitos, em suas falas, deixa claro que existe, sim, a interferência e que esteja protegendo seus filhos em situações que envolvam crimes.
Bolsonaro sempre gostou do corpo a corpo, assim foi em sua passagem como deputado, teve brigas com Maria do Rosário, entrevistas polêmicas; para muitos, isso é o reflexo de um político na busca de um país nos trilhos, que bate no peito e diz ser totalmente contra a corrupção e não apresenta até hoje nada contra si, e sofre absurdamente com uma mídia tendenciosa que age por prejudicá-lo, que envenena as informações. Na reunião cita que se for para cair que cairá lutando e exerce de forma firme seu papel de líder em prol do país. Da mesma forma há críticas ao Presidente, suas falas pesadas e seus argumentos e citam como suas atitudes fazem parte de um personagem que procura sempre crescer e assim conseguir atrair a grande massa. Sua ausência de coalizão para governabilidade desde os tempos de deputado, planos mal elaborados, e seus apenas 2 projetos em 27 anos, suas constantes ações contra a constitucionalidade, seu descaso perante a pandemia. São dois lados do atual presidente, amado por alguns e odiado por outros.
Sobre a reunião como um todo, foi julgada de diferentes formas. Para alguns, existe exagero; para outros, não! Nunca havia sido tão acompanhado de perto uma reunião ministerial, é complicado apontar uma margem de como deveria ser, o exagero é notório e toma-se como exemplo que uma empresa jamais funcionaria naquela sistemática; por outro lado, há os que acreditam ser correto o uso de um cunho pesado, afinal o momento é delicado e estão envolvidas as pautas de uma nação.
Por fim, fugindo do tema deixamos aqui nossa preocupação: vamos torcer pelo fim da Pandemia, somos hoje o segundo país no mundo com maior número de infectados, triste, mas vamos superar!
Sobre a questão da reunião e demais pautas governamentais. Cabe a você decidir de que lado está. Conforme o que foi apresentando e nós seguimos por aqui, sem lado A ou Lado B e torcendo pelo Brasil!
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