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Réu por arquitetar bomba no Aeroporto de Brasília já foi assessor de Damares

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Wellington Macedo de Souza atuou como assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente entre os meses de fevereiro a outubro de 2019. Damares nega proximidade com réu

Réu por arquitetar um atentado a bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília, o blogueiro Wellington Macedo de Souza já trabalhou no então Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, como assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, entre os meses de fevereiro a outubro de 2019.

Entre as atividades na secretaria, o hoje réu foragido da justiça despachava medidas que iam desde a destinação de verbas para custear viagens “a serviço” à contratação de uma empresa para transportar “bagagens para todas as regiões dentro do Brasil e transporte de veículo do tipo automóvel e motocicleta dentro do território nacional”.

Auxílio emergencial

Embora Wellington Macedo de Souza tenha acumulado mais de R$ 82 mil ao longo dos seus oito meses como assessor da secretaria, ele requereu e conseguiu receber o benefício do auxílio emergencial.

Segundo o Portal da Transparência, Wellington recebeu cinco parcelas de R$ 600 do benefício, em 2020.

Acusações

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acatou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) contra Wellington Macedo de Souza e outros dois suspeitos de planejar o atentado a bomba no aeroporto. Além dele, a justiça condicionou como réu George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos.

Eles são acusados de envolvimento na tentativa de explosão de um artefato deixado embaixo de um caminhão–tanque de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília na véspera do último Natal.

Segundo apuração, o acusado Alan Diego recebeu a bomba de George Washington no acampamento em frente ao Exército, em Brasília. Wellington, então, o levou de carro até o local escolhido para o atentado, onde Alan colocou o artefato na traseira esquerda do caminhão.

Condenado em 2021

Antes de tornar-se réu por arquitetar o ataque a bomba, o blogueiro havia sido condenado pela Justiça por participar e organizar atos antidemocráticos em 2021, durante as manifestações do feriado de 7 de Setembro.

À época, ele havia sido preso pela Polícia Federal e condenado a cumprir prisão domiciliar. No entanto, o ex-assessor da então pasta coordenada por Damares Alves retirou a tornozeleira eletrônica que o monitorava em liberdade condicional e, por isso, foi declarado como foragido da polícia.

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