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RETOMADA APÓS PERÍODO CRÍTICO DA PANDEMIA E SEUS OBSTÁCULOS
Com a Pandemia, muitas coisas mudaram e passamos a observar um “novo normal” e buscas contínuas de oportunidades, Como foi atípico o ano de 2020 e parte de 2021, o Brasil identificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus em fevereiro de 2020, enquanto a Europa já registrava centenas de casos de covid-19, já em março o Brasil registrou a primeira morte pela doença. O mundo viveu um momento delicado e alarmante, o uso de máscara, boa higiene, álcool em gel agora fazem parte do nosso novo cotidiano, muitos viram suas vidas mudarem drasticamente.
Atualmente com a vacinação em massa a pandemia começou apresentar sinais de melhora, para especialistas da saúde a doença será cronica sendo controlada progressivamente com vacinação como exemplo o que ocorre com a gripe.
Começamos um processo de retomada porém existem algumas pedras nesse caminho, como a inflação que de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, a inflação nos últimos 12 meses ficou em 8,99%, essa alta começou no setor de alimentos, com a o aumento da demanda por commodities e o real desvalorizado pressionando os preços para cima, as famílias viram alimentos como arroz, feijão e carne bovina ficarem até 50% mais caros nos supermercados, coloquialmente podemos dizer que a inflação acaba tirando o poder de compra daquela renda que a família está acostumada a receber. Essas pessoas consomem menos e a atividade econômica fica mais fraca, segundo pesquisa do departamento de História Econômica da London School of Economis, a crise no periodo de retomada após coronavírus pode chegar próximo da recessão de 1.929.
Nossa moeda apresenta desvalorização, as reformas administrativas e tributárias travaram, é complexo o momento. Outro fator é que o Brasil está também sob o risco de uma nova crise energética, que traz de volta o medo de um apagão e a possibilidade de racionamento de energia, o forte período de seca desabasteceu as reservas das usinas hidrelétricas, ampliando a geração por meio das termoelétricas e a necessidade de importação de energia.
As muitas mudanças da Pandemia refletiram no mercado de trabalho acarretando um certo problema conforme demonstra pesquisa da RH Randstad, que 58% dos lideres de Rh especialistas em contratações têm enfrentado problemas para admissões e o principal fato é a escassez de qualidades para preencher vagas disponíveis.
Alguns setores apresentam crescimento tais como: financeiro, telecomunicações, imobiliário e parte do varejo. Vale destacar que todos amparados pela linha digital a principal tendência do novo normal, ou seja, uma característica marcante para o trabalho durante e pós pandemia, inclusive serviços braçais e de mobilidade física começam também a solicitar um certo entendimento “digital” mesmo que em pequenos detalhes.
Observando todo esse contexto vejo que, por exemplo, os europeus viveram duas guerras e sabem, em momentos de dificuldade, como em uma pandemia, comportarem-se a fim de superar o pior. Foram moldados em uma educação superior à nossa, claro que existem fatores como financeiros e estruturais, mas isso já é reflexo de uma sociedade com forte alicerce.
São os obstáculos na retomada da pandemia, e o principal, nós brasileiros precisamos nos adequar a nova realidade, fazer nossa parte com responsabilidade social e trabalho e também cobrar nossos governantes para traçarem planos de retomada, lembrar que a Guerra pela retomada não é de, Governadores, Prefeitos, Presidente, ou Executivo, Legislativo e Judiciário, empresa X ou empresa Y, a Guerra é do Brasil.