Calçados

Reoneração da folha deve impactar com perda de 15 mil postos em um ano, diz Abicalçados

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A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) enxerga com preocupação o veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, que constava na MP 936, transformada em lei no último dia 7 de julho. Conforme a Inteligência de Mercado da entidade, o impacto da reoneração da folha no setor a partir do ano que vem poderá custar mais de 15 mil postos.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o fim de desoneração da folha de pagamentos, mecanismo que permite a substituição do pagamento de 20% sobre a folha de salários por 1,5% da receita bruta – excluindo exportações -, representa um acréscimo de R$ 572 milhões nos custos das empresas do setor. “Isso diante o início da recuperação da pior crise da história da indústria calçadista nacional, que já custou mais de 50 mil postos em 2020”, lamenta o executivo, ressaltando que o veto foi um grande equívoco do Governo Federal. “Ainda trabalhamos para que esse veto seja derrubado no Congresso. A reoneração vai ter um impacto muito pesado não somente para a indústria calçadista, mas para os demais 16 setores econômicos beneficiados pela medida”, conclui Ferreira.

Entenda

O Governo Federal publicou no Diário Oficial da União do último dia 7 de julho a sanção da MP 936, que vem auxiliando o setor industrial a segurar postos de trabalho desde o início da pandemia do novo coronavírus. O revés foi que o presidente Jair Bolsonaro vetou a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos. A prorrogação não sancionada previa vigência até dezembro de 2021. Agora, a medida segue vigente somente até dezembro de 2020.

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