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Recebeu relatos de ameaças a escolas? Saiba como identificar boatos 

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Ataque à creche em Blumenau (SC), na última semana, deixou quatro mortos e quatro feridos

Especialista explica como proceder ao receber conteúdos sobre violência em instituições de ensino

Autoridades em todos os níveis estão mobilizadas, no país todo, para lidar com a onda de terror e desinformação surgida após os casos de violência registrados nas escolas de São Paulo e Santa Catarina.

Boatos relacionados ao tema se espalham nas redes sociais. Além de assustar pais, estudantes e professores, isso atrapalha o trabalho de quem investiga casos que são verdadeiras ameaças à comunidade escolar.

Para José Antonio Lima, editor-assistente do Projeto Comprova, uma coalizão de veículos de imprensa voltada para a checagem de conteúdos que disseminam desinformação, é importante que o público tenha calma na hora de lidar com as informações que chegam pelas redes sociais e aplicativos de mensagens.

“Apesar do impacto emocional que eventos como esse tem, é preciso que a gente busque ao máximo ter senso crítico nesses momentos, para tentar separar o que é verdadeiro do que é desinformação”, afirma.

José Antonio orienta a população a buscar informações em fontes confiáveis, como portais de notícias, rádio, jornais, pois não é possível ter certeza de que o conteúdo recebido pelas redes sociais está correto. “Há uma chance razoável de ser um conteúdo que esteja errado ou que tenha sido deliberadamente inventado por alguém, querendo se aproveitar, diante dessa situação”, afirma.

Por isso, a recomendação principal, segundo ele, é não compartilhar esses links, imagens e textos. “Essas mensagens só causam pânico e, no limite, podem até atrapalhar a atuação da polícia e outras autoridades.”

Na última semana, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um canal para o envio de denúncias relacionadas ao tema, para serem devidamente investigadas. A pasta também pediu a exclusão de contas nas redes sociais pela disseminação de conteúdo que incentive a violência nas escolas ou espalhe boatos. Os autores serão investigados.

Em Minas, o Ministério Público também investiga a autoria e o conteúdo de boatos que circulam na rede.

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