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Realidade – guerra fria – caça e caçador – mal na fita – chapéu
REALIDADE – GUERRA FRIA – CAÇA E CAÇADOR – MAL NA FITA – CHAPÉU
Desde os tempos de criança, era comum ouvir meus professores dizer que o Brasil se tratava de um País de terceiro mundo, porém com um futuro promissor. Nossos mestres explicavam que mesmo se tratando de um país ainda subdesenvolvido que se bem administrado tinha tudo para se tornar uma potência. Com dimensões continentais, banhado pelas maiores bacias de água doce do mundo, figurando entre os dez países com as maiores reservas de petróleo do mundo, um grande potencial para exploração mineral, detentor da maior biodiversidade do planeta, solo, clima e vegetação propícios, possui ainda uma enorme área litorânea, o que facilita o escoamento de sua produção.
REALIDADE
Para um país que parece ter um potencial enorme de crescimento, em tempos de pandemia mundial o que se afere é que sua estrutura e especialmente a economia não é tão sólida como deveria ser, que as diferenças sociais são alarmantes, demonstrando que além da fragilidade e deficiência dos serviços públicos oferecidos, restou claro que o abismo social existente é maior do que se imaginava. Mesmo sendo detentor de uma enorme área territorial e de tantas riquezas naturais, o momento vivido prova que a distribuição de renda entre o nosso povo está cada vez mais distante do ideal, ou seja, muita riqueza concentrada nas mãos de poucos, enquanto muitos mínguam para sobreviver.
GUERRA FRIA
Se não bastassem os efeitos nefastos provocados pelo Covid-19, vive-se no país um momento em que internamente uma “guerra fria” de ideologias radicais, parece ter sido institucionalizada. Deixamos de ser um país de esquerda (liberal) e nos tornamos um país de extrema direita (patriótico) onde os princípios conservadores devem prevalecer sobre tudo e sobre todos. Porém se as ideologias de alas tão antagônicas sempre estão se chocando, parece surgir uma dúvida se realmente vivemos em um “estado democrático de direito”, onde opiniões, análises e ideologias podem ser até contestadas, porém respeitadas.
FAKE NEWS
Eleito para a Presidência da Republica em 2018, com um vasto apoio, especialmente das redes sociais, Jair Bolsonaro, “o mito” trazia em seu discurso além de palavras fortes, o militarismo e a promessa de armar a população. Para alguns analistas, Bolsonaro tem usado de muita estratégia, especialmente pelo mundo virtual pelo menos até quando e se acontecer às investigações sobre possíveis interferências em outros poderes. Nesta semana seria votado o projeto de lei que prevê a regulamentação e criminalização das Fake News, porém, mesmo após estar pautado, entendeu-se por bem retirá-lo de pauta. Resta saber se sua retirada se deu por necessidade ou interferências.
DEMOCRACIA
Por alguns analistas tem sido reiteradamente dito que o País atravessa por um momento mais frágil quando se trata da democracia do que pelo próprio vírus que tem assolado o planeta. De acordo com alguns observadores, existe um desejo de se forçar uma ruptura política, impregnada com o fantasma do “salvacionismo”, testando os limites da democracia, enfurecendo opositores, contagiando a sociedade contra diversos órgãos, dentre eles a imprensa, o congresso e o judiciário. Em síntese, nossas autoridades têm sorrateiramente vivido um momento de se criar um problema, de dimensionar excessivamente este problema e de aparecer com uma medida eficaz para a solução do mesmo problema, ou seja, oportunismo político, o que o fará parecer um verdadeiro salvador.
CAÇA E CAÇADOR
O ditado é antigo, portanto muito conhecido, “Um dia é da caça, o outro é do caçador”. Restando poucos meses para o encerramento do atual mandato, a câmara municipal de Nova Serrana vem promovendo uma verdadeira caçada interna entre seus membros. De uma só tacada foi pedida a cassação dos seis vereadores afastados, como se não bastasse, um dos vereadores afastados também pediu a cassação de dois outros colegas. Para uma casa legislativa que tem treze vagas para o cargo, mas que paga dezenove parlamentares e que possui oito procedimentos de cassação já em andamento, não dá pra se dizer que está tudo tranquilo. De acordo com a rádio peão há possibilidade de abertura de um novo procedimento de cassação, não se sabendo ainda em qual dos poderes respingará o novo pedido. Caso se concretize o feito, a atual legislatura ficará deveras marcada por ações sorrateiras e oportunistas.
MAL NA FITA
Se os grupos de redes sociais puderem ser utilizados como indicadores de apreciação popular, mais especificamente grupos de debates políticos é prudente que algumas autoridades locais reflitam sobre suas “aparições” nestas redes. Alguns vídeos postados em redes sociais, dotados de extremo oportunismo, especialmente as vésperas de um período eleitoral tem causado mais repulsa do que admiração. Em tempos que se cobra conhecimento sobre a vida pregressa, capacidade administrativa, distinguir o que é paliativo do resolutivo, do que é necessário ou eleitoreiro, evitar exposição sem conteúdo e falas desconexas talvez seja mais sábio do que uma verdadeira fritura exposta como vem ocorrendo. Há certos momentos em que mais é menos e menos é mais. Fica a dica.
CHAPÉU
De acordo com os vereadores Cabral e Terezinha do salão, o executivo municipal deu um verdadeiro chapéu no legislativo municipal e nos servidores contratados da secretaria municipal de educação, mais especificamente nos professores contratados. Segundo os “nobres” o PL que previa o corte da remuneração dos servidores contratados por até 120 dias ou enquanto perdurasse o período de pandemia previsto em decreto caiu por terra, haja vista que com a economia gerada pelo não pagamento aos servidores municipais seria destinada a contra partida para edificação de uma escola estadual nas imediações do bairro Mariana Martins, já que a dotação orçamentária utilizada seria a mesma que seria utilizada para pagamento dos servidores. Importante destacar que os vereadores não são contra a edificação da escola, mas sim com a suspensão do pagamento dos servidores em momento tão frágil. Em terra de cego que tem um olho é rei.
PREFEITO
Já as portas do período eleitoral deste ano, mais um nome aparece como pré candidato a prefeito municipal de Nova Serrana. Lázaro Camilo disponibilizou seu nome a ser apreciado no pleito vindouro. Sua história de vida foi toda formada em Nova Serrana, jornalista por formação, apresentador de TV entre outras atividades profissionais, Lázaro exerceu durante a ultima gestão do ex-prefeito Joel Martins a função de secretário municipal de comunicação.
GRUPO
Em sua última entrevista a uma emissora local de rádio, Lázaro deixou claro que não tem inimigos políticos em Nova Serrana, que se sente preparado para ocupar o cargo e que possui um forte laço de amizade com o ex-prefeito Joel Martins e com o Deputado estadual Fábio Avelar. Em 2018, pelas eleições gerais, Lázaro Camilo tentou uma vaga junto à câmara federal e conseguiu em Nova Serrana uma expressiva votação, cujo desempenho o credencia a postular a cadeira maior do executivo municipal.
REUNIÕES
Corre pelos bastidores a informação de que o grupo de oposição a atual situação tem se reunido com frequência e que a principal pauta seria a tratativa dos nomes e perfis a serem indicados aos cargos de prefeito e vice, sendo prioritário que os esforços sejam somados a fim de que seja um grupo consistente, forte e inovador, com boas possibilidades de sucesso no pleito futuro. Nomes de políticos em mandato eletivo, fora deste mandato eletivo e novos nomes com perfil empreendedor, inovador, visionário e com capacidade de retomar e acompanhar o crescimento da cidade tem sido apreciado. Fato é que o calendário eleitoral continua transcorrendo normalmente e que em breve este nome deverá ser disponibilizado a apreciação da sociedade.
INVASÕES
Impressiona a quantidade de barracos, a maioria cobertos por plásticos erguidos em área de preservação permanente no Bairro Montserrat, ao lado do bairro Romeu Duarte e em outras regiões em Nova Serrana. A ação demonstra além da fragilidade na fiscalização das áreas públicas a carência de programas habitacionais do município voltados à população de baixa renda. Em tempos de pandemia, quando o cuidado com a higienização pessoal é um dos princípios básicos, é perceptível o crescimento do número de famílias em condição de vulnerabilidade, sem água, esgoto e energia elétrica. Pelos princípios da dignidade humana, é preciso repensar o jargão de que “as pessoas são mais importantes do que as coisas”, pelo visto a fala é uma e a prática é outra.
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