Legislação
Queda do veto à desoneração da folha preserva 1 milhão de empregos, diz associação
União Geral dos Trabalhadores (UGT) previa corte de 10% dos cerca de 9,7 milhões de empregados atualmente nos setores são beneficiados pela desoneração
Mais de 1 milhão de empregos foram preservados com a queda do veto ao projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, segundo projeções da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
“Os trabalhadores não aceitarão pagar a conta do ajuste fiscal com medidas que coloquem empregos em risco e incentivar a informalidade”, diz a nota.
O Congresso Nacional rejeitou, nesta quinta-feira (14), o veto 38/23 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que trata da desoneração da folha de pagamento até 2027 para 17 setores da economia.
Em derrota ao governo, Congresso derruba vetos à desoneração, ao arcabouço e ao marco temporal
Os senadores se dividiram em 60 votos pela derrubada do veto, e 13 votos pela manutenção do veto. Já o placar entre os deputados foi de 378 “não” contra 78 “sim”.
“O Congresso Nacional demonstrou sensibilidade e compromisso com a geração de empregos ao derrubar o veto à desoneração da folha de pagamentos. A decisão representa um passo crucial para fortalecer o setor produtivo brasileiro e estimular a abertura de postos de trabalho”, afirma Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC ).
Sem a derrubada do veto, a consequência para o setor de construção seria o aumento do custo de uma obra, o que poderia impactar o valor de venda final do imóvel.
O call center, que é um dos 17 setores beneficiados pela medida, também aguardava a derrubada do veto e agora comemora a decisão do Congresso.
“O setor de telesserviços emprega formalmente cerca de 1,4 milhão de trabalhadores no país”, diz a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), em nota.